Não existe uma legislação específica em nenhuma parte do mundo que trate sobre o conceito de “Vinhas Velhas”, o que torna a utilização desse termo algo muito subjetivo. O significado do conceito, inclusive, pode mudar com a região de origem e com os critérios do produtor. Numa região com uma história vitivinífera recente, por exemplo, uma vinha com 20 anos pode ser considerada uma “vinha velha”. Já em um local com uma história vitivinífera antiga, não se aceita dizer que uma vinha é antiga se ela não tiver menos de 40 ou 50 anos.
De modo geral, uma “vinha velha” produz menos cachos e, por isso, dá vinhos mais concentrados e, portanto, com mais caráter. Mas, a questão não é tão simples assim. Uma vinha antiga, bem como qualquer outra vinha, guarda relação estreita com a variedade e com o local onde é cultivada. Portanto, vinhos de vinhedos antigos não são garantia de qualidade. Tudo vai depender do terroir.
Resultado: o termo “vinha velha” (ou o equivalente em outras línguas) impresso no rótulo é algo que sempre vai atrair a atenção dos consumidores, porém não é garantia de vinho bom. Na verdade, faltam estudos científicos a respeito do assunto.
Afinal, há muitas vinhas velhas produzindo vinhos incríveis, mas também há “vinhas velhas” que produzem vinhos medíocres. Fique atento!
Quais as vinhas mais velhas do mundo?
Duas vinhas disputam atualmente o título de mais antigas do mundo. Uma delas fica em Maribor, na Eslovênia. Estima-se que ela tenha mais de 400 anos. Anualmente produz entre 35 e 55 quilos da variedade Žametovka, que são vinificados para produzir poucas garrafas que são dadas de presente apenas às celebridades que visitam a cidade.
A segunda está na região do Tirol, na Itália, é a Versoaln, plantada em sistema de pérgola e que produz vinho branco. Seus proprietários acreditam que ela tenha mais de 600 anos de existência, apesar de um estudo ter calculado a idade em 350 anos. Assim como a videira eslovena, ela produz pouco, cerca de 500 garrafas numeradas.