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Veja como se prevenir contra problemas de saúde típicos do verão

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Os dias de sol não reservam apenas uma marquinha charmosa na pele. Receber os raios solares sem proteção e descuidar de hábitos de higiene podem levar as pessoas a desenvolverem problemas de saúde capazes de alterar não só a dinâmica do organismo, mas compromissos e demais atividades. Se você está de malas prontas para a praia, ou pretende aproveitar clubes da cidade e cachoeiras da região, é importante tomar alguns cuidados para que os bons momentos não tenham que acabar em um hospital (ver arte).

Durante o verão, aumentam os casos de desidratação e de insolação, quadros de saúde que têm o sol como vilão. Segundo o médico alergista e imunologista Ricardo Bedinelli, a desidratação é uma doença potencialmente grave, que se caracteriza pela baixa concentração não só de água, mas também de sais minerais e líquidos orgânicos no corpo, a ponto de impedir que o organismo realize suas funções normais. “Pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais perigosa em crianças, especialmente recém-nascidos e lactentes, e em idosos. Já a insolação, é considerada um quadro emergencial, que se não for tratada rapidamente, pode trazer danos ao cérebro, coração, rins e músculos”, alerta. Embora o sol seja o principal fator, Bedinelli ressalta que os casos de desidratação podem ser desencadeados por náuseas e vômitos, além de exercícios vigorosos, exposição ao calor, queimaduras de pele, diabetes e febre.

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Falando em queimaduras, ninguém está livre de sentir aquela ardência na pele característica depois de um dia de sol. Segundo a médica dermatologista Luciana de Faria Melo, o dano à pele é causado pela exposição ao sol de forma aguda e intensa, sem a utilização de proteção, e pode variar de acordo com o tom da pele. “Quanto mais clara a pele, menos melanina ela tem. A melanina funciona como um filtro solar natural e, portanto, maior a possibilidade e intensidade da queimadura. Peles muito claras, por exemplo, podem se queimar em míseros cinco minutos de exposição ao sol de meio-dia”, comenta.
A médica destaca que, felizmente, o número de casos envolvendo queimaduras de 2º grau, caracterizadas pelo surgimento de bolhas, tem diminuído muito nos últimos anos em razão de campanhas educativas veiculadas na mídia sobre a importância de se prevenir contra o sol. “As queimaduras de 1º grau, caracterizadas por edema e vermelhidão acompanhados de ardor, ainda são as mais comuns entre as pessoas. Por isso é importante fazer o uso correto do filtro solar, que deve ser escolhido de acordo como o tipo e a cor da pele. Em vias gerais, os filtros devem ser reaplicados a cada duas horas. Ela ainda orienta para os momentos mais quentes do dia, que correm das 11h às 15h da tarde.

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Sem micose

Não é só o sol que prejudica a pele no verão. É também nesta época que ficamos mais expostos a fungos causadores das micoses, que podem aparecer na pele, unhas e cabelos. “As micoses ditas superficiais – em que os fungos parasitam a camada mais superficial da pele – são mais comuns no verão, pois os indivíduos se expõem mais a ambientes contaminados, como a água e a areia, e também a umidade da pele pelo suor e calor predispõem a disseminação deste fungo na pele”, ressalta a dermatologista Luciana. Por isso, a principal forma de se prevenir contra as micoses é manter a pele mais seca e evitar o compartilhamento de roupas e sapatos, e também objetos de manicure e pedicure. “Esses cuidados precisam continuar durante o inverno, lembrando que o uso de alguns medicamentos que baixam as defesas do organismo humano podem deixá-lo mais susceptível”, aponta.

 

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Evitando intoxicações

Em locais como praia, clubes e cachoeiras, são vendidos diversos alimentos e boa parte deles pede atenção quanto às condições de armazenamento para o consumo. Isto porque eles podem estar contaminados e serem responsáveis por desencadear um quadro de intoxicação alimentar, ou intoxicação gastrintestinal. “O fator principal na prevenção das intoxicações alimentares é o saneamento básico, e o cuidado no armazenamento, manuseio e principalmente no preparo dos alimentos. Os contaminantes mais comuns são as bactérias, mas vírus, parasitos e toxinas também podem contaminar alimentos e água. A pessoa costuma melhorar dentro de um a dois dias, mas em alguns casos pode se tornar uma doença muito perigosa, principalmente nas crianças e nos idosos”, ressalta o alergista e imunologista, Ricardo Bedinelli.

Embora um alimento contaminado nem sempre apresente alterações em sua aparência e gosto, os mais visados para a contaminação, segundo o médico, são: carnes cruas e mal passadas, principalmente carne e miúdos de frango; ovos crus e leite não fervido ou pasteurizado. “Frutas e verduras devem ser bem lavadas. Nos dias mais quentes, é bom evitar alimentos gordurosos. Vale lembrar, ainda, que nunca devemos consumir alimentos cujas embalagens estejam danificadas, amassadas e principalmente, estufadas”, orienta.

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