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Todos no jogo

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Eu queria escrever qualquer assunto que não fosse relacionado a essa grave situação imposta pelo coronavírus. Mas não tem como. Não consigo pensar em nada esportivo sem que, lá no fundo, não me faça voltar à doença. Hoje eu, Juliana, flamenguista, apaixonada por vôlei de praia, entusiasta das corridas, fanática por Jogos Olímpicos, deixo todas essas atividades em segundo plano para torcer por uma única coisa: que consigamos, juntos, vencer a Covid-19. Não há disputa mais importante do que essa neste momento.

Se a virada de dezembro para janeiro causa aquele vazio nas grades de programação das emissoras, o que, consequentemente, nos deixa em uma “abstinência” horrível, imagine agora. O futebol parou. O técnico do Flamengo Jorge Jesus, com suspeita de ter contraído a doença, não será mais supervalorizado ou criticado. O JF Vôlei, que vinha numa boa sequência de vitórias na Superliga B, está com o mata-mata adiado. Tupi e Baeta pausam seus sofrimentos nos módulos I e II para uma luta ainda pior, como a de proteger seus atletas – com casos suspeitos e já descartados no elenco carijó – inclusive. Sem falar na Fórmula 1, no basquete, no tênis, nos Jogos de Tóquio. Nossas corridas aqui em JF pararam. A Unimed, de forma muito prudente e assertiva, cancelou a prova de domingo. Não sabemos como ficarão as outras. Os treinos em grupo, aos poucos, também serão reduzidos.

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Precisamos deixar, por ora, nosso ópio esportivo de lado. É necessário lavar as mãos, fazer o isolamento domiciliar, suspender a ida na academia, o futebol com os amigos, a zapeada nos canais esportivos e entender que nada disso é mimimi. É real! Precisamos, juntos, jogar este jogo.

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