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De Sheilla a Hortência

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Sábado à noite, em distanciamento social, estava eu zapeando os canais da TV quando me deparo com Brasil x Rússia, pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres. Aquele mesmo, em que nossa seleção feminina virou de um 2 sets a 1 para um 3 a 2, com direito a defesa de seis match points no tie-break, terminado em 21/19.

Curiosamente, por mais que o vôlei seja um dos meus esportes favoritos, nunca cheguei a acompanhar essa partida. À época, na tarde daquele 7 de agosto de 2012, estava eu no trabalho, em uma agência de publicidade, por onde passei antes de chegar à Tribuna.

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Sábado, por mais que eu soubesse do resultado, confesso minha ingênua ansiedade durante a reprise do confronto, considerado por muitos uma das mais memoráveis apresentações do vôlei feminino do Brasil.

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Logo depois, em outra zapeada, deparei-me com uma retransmissão do Boleiragem, apresentado pelo ex-jogador Roger Flores, que recebia Hortência, Paula e Alessandra, ídolos da mais vitoriosa geração do basquete feminino do Brasil. Mesmo para uma trintona como eu, que não se recorda do título mundial de 94 e tem somente alguns flashes dos Jogos Olímpicos de Atlanta 96, não há como deixar de saber a importância daquele trio que brilhou nos anos 90.

E assim, de semana em semana de isolamento, vou revivendo ou conhecendo um pouco mais do nosso rico passado esportivo. Analisando a situação do ponto de vista do copo meio cheio, prefiro pensar que essa pandemia pode ser a oportunidade para que a consigamos rememorar alguns feitos históricos. Com TV e internet, podemos deixar um pouco de lado a fama de sermos uma sociedade do esquecimento para vasculhar o vasto acervo esportivo de décadas passadas e aprendermos um pouco mais com ícones muitas vezes já nem lembrados.

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Deste modo, privilegiados por estarmos em casa, no conforto de nossos lares, à frente de uma TV, o esporte, mesmo atualmente – e acertadamente – ainda paralisado, vai preenchendo os nossos dias.

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