Em dia de mais uma rodada na Copa do Mundo Feminina da França, juiz-foranos e juiz-foranas terão a oportunidade de aproveitar o feriado de Santo Antônio para acompanhar Brasil x Austrália. E claro que com a competição em andamento o assunto, já discutido aqui há algumas semanas, não poderia ser outro.
Após uma estreia vitoriosa no domingo, diante de uma Jamaica bem mais fraca, é verdade, a expectativa aumentou. Assim como a qualidade da próxima equipe adversária. Depois de se enfrentarem na Rio 2016, com eliminação das Matildas, e na Copa 2015, com fim de linha para a Seleção verde-amarela, australianas e brasileiras fazem do duelo de hoje praticamente um clássico internacional.
Uma vitória canarinha se faz muito importante, dentro e fora das quatro linhas. Vencendo, a equipe de Cristiane, Marta, Formiga e Cia dá um passo importante para a classificação às oitavas. Em caso de derrota, a última rodada necessitará de contas para o avanço de fase.
Se dentro de campo a autoestima das jogadoras brasileiras parece ter se fortalecido após os 3 a 0 de domingo passado, após a dura sequência de nove derrotas seguidas em amistosos, fora dele o bom resultado também se torna importante para dar força ao clima que o Mundial criou.
Uma boa apresentação diante da Austrália hoje e uma confirmação de classificação na terça, na última partida da fase do grupo C, contra a Itália, é tudo que o futebol feminino precisa nos próximos dias para seguir empolgando a torcida, ganhando mídia e atraindo olhares de investidores.
Apenas uma Copa do Mundo de futebol – de mulheres – podem dizer alguns. Mas com um pano de fundo que vai muito além. Que tem a ver com gols, vitórias, classificação, visibilidade, melhores condições profissionais às mulheres, empoderamento. E é por isso que torcer hoje pela nossa Seleção será a principal pedida do feriado. De preferência, com Santo Antônio, o casamenteiro, que poderia muito bem dar um empurrãozinho nesse casamento entre o futebol feminino brasileiro e o cenário esportivo nacional.