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Vem aí a melhor e pior Série B da história

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Basta acessar um site ou ligar a televisão em um programa esportivo que, se a pauta for a Série B do Campeonato Brasileiro, com início já nesta sexta-feira (28), os primeiros comentários certamente irão partir do fato de a competição, pela primeira vez na história, contar com a participação de cinco campeões da elite nacional: Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Guarani e Vasco.

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Justo. Sobretudo porque o dado serve de parâmetro para afirmar que, de fato, esta segunda divisão brasileira tem tudo para ser a mais disputada de todos os tempos. Ao menos pelo que tenho acompanhado dos clubes. Além do quinteto citado acima, é importante lembrar das participações de Goiás, Ponte Preta, Avaí, Vitória, Náutico e CSA. E sempre há duas ou três equipes que surgem como surpresas por bom desempenho coletivo, além destes nomes.

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Infelizmente, contudo, o equilíbrio projetado deve ocorrer mais pelo declínio técnico dos elencos que, pelo tamanho de suas torcidas e histórias, em outros anos seriam considerados amplos favoritos ao acesso. Mas há uma queda técnica gerada por “n” motivos. Os dois primeiros e mais presentes são as dificuldades econômicas, com dívidas que chegam a ser astronômicas, potencializadas também pelo segundo fator: a pandemia.

A crise sanitária que vivemos não agravou somente a busca por patrocinadores, como fez dos jogos eventos onerosos aos clubes sem os recursos oriundos das arquibancadas. E mais: aumenta a imprevisibilidade desta competição diante de possíveis surtos de Covid pelas longas e constantes viagens, visto que muitos dos atletas ainda podem demorar a ser imunizados diante da lentidão do processo de vacinação no nosso país – e por não apresentarem comorbidades, tendo, em sua maioria, entre 18 e 35 anos.

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Mas tenho visto equipes com mais limitações técnicas do que nos últimos anos. Basta nos atentarmos ao trio de maior visibilidade entre os 20 competidores, principal exemplo. Botafogo, Cruzeiro e Vasco terão que melhorar muito seus desempenhos para se fixarem no G4. Pelas equipes-base de cada um hoje, dificilmente os três sobem juntos.

Ainda sim, não posso negar: com maior tempo em casa, não tenho dúvidas de que vou acompanhar como nunca esta Série B. O futebol pode ser de baixo nível, mas a emoção e a tensão certamente irão compensar um pouco. Que comece a melhor, a pior e a mais imprevisível Série B das últimas temporadas – ou da história.

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