Ícone do site Tribuna de Minas

Milli sem Vanilli

estadio
PUBLICIDADE

Como os torneios estaduais geram pouco interesse, por mais que o Campeonato Carioca promova uma taça a cada turno ou a cada semana, as atenções já se voltam para o Brasileirão. A principal competição do calendário nacional estreia daqui a um mês, mais precisamente no dia 29 de maio.

Por tudo que acontece no mundo e, em especial, no Brasil, que ainda vive um descontrole da pandemia da Covid-19, o Brasileirão, provavelmente, vai ver a bola rolar sem o seu maior charme: as torcidas. Uma verdadeira lástima.

PUBLICIDADE

Para mim, o futebol sem a paixão das arquibancadas é algo bastante sem sentido. Por mais que a gente torça, grite, sofra e comemore do sofá da casa, está longe, muito longe, de ser a mesma coisa. É tipo fogueira sem brasa; circo sem palhaço; namoro sem abraço; amor sem beijinho; ou Buchecha sem Claudinho. Nada a ver. O pior é que a gente insiste em ficar assistindo a este corpo sem alma a cada rodada; dia sim, dia não.

PUBLICIDADE

Ontem mesmo, estava eu sofrendo com meu Corinthians na Copa Sul-americana. Aquelas cadeiras brancas da arquibancada da Arena Neo Química dão um aperto no peito. O mesmo vale para o Maracanã, o Mineirão ou qualquer outro estádio nacional. Pior ainda é o estratagema adotado pela maioria dos clubes país afora de botar um som ambiente com gritos de torcida.

O simulacro da arquibancada é frio e tosco e só me lembra a polêmica da dupla Milli Vanilli, que, lá no anos 1990, ganhou um Grammy e enganou meio mundo fingindo que cantava, enquanto fazia dublagens e dancinhas, meio que em um prenúncio do Tik Tok.

PUBLICIDADE

Bom, a coluna já está chegando ao fim e minha nota deveria ser zero por fuga ao tema. Mas, voltando ao assunto de origem, o Brasileirão: mesmo com um mês de antecedência, é muito fácil prever o futuro, que repete o passado recente. E apontar o Flamengo como favorito absoluto do frígido torneio de arquibancadas vazias, seguido de perto pelo Palmeiras – as duas equipes duelam já na estreia.

Aliás, tenho dó dos flamenguistas por não poderem vivenciar esse bom momento do clube das arquibancadas. Dos palmeirenses não sinto o mesmo, não. Corintiano, né, sabem como é.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile