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Críticas e complexos

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A situação pela qual passa o país não é para festa. Em meio ao caos político e econômico fomentado por uma disputa de poder de vieses duvidosos, não há hora pior para abrirmos as portas para a elite do esporte mundial. Não vamos apresentar um país, mas uma republiqueta em que um dos principais anfitriões, que deveria estar fazendo sala, prefere fazer troça com símbolos de visitantes como o canguru australiano.

Os momentos que antecedem as Olimpíadas do Rio fazem jus à atual realidade brasileira. A casa está de cabeça para baixo, com vazamentos – seletivos ou não – nas paredes enquanto a sujeira segue sendo jogada para baixo do tapete. Não fosse a escolha realizada no já distante ano de 2009, quando o país vivia uma realidade distinta, o Brasil de hoje não seria selecionado sequer para sediar o torneio de “purrinha” da minha turma de infância.

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Os erros são infinitos. O momento inoportuno. Ainda assim, nada justifica o “viralatismo” aguçado que vemos por aí. Em maior ou menor escala, problemas ocorreram em Jogos anteriores. A despeito disso, por aqui, a grama do vizinho parece sempre verdejante enquanto fazemos de nossas dificuldades autoflagelo.

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As críticas são válidas. De fato, não serão as Olimpíadas que nos farão uma nação respeitada. Contudo, isso também não ocorrerá enquanto perdurar o complexo de inferioridade de parte da população, algo que faz do Brasil um tanto como “paes” e nos deixa distantes de nos consagrarmos como um país de verdade.

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