O presidente do clube invadiu o vestiário chutando a porta. Era véspera de uma partida importante. A equipe precisava somar pontos para melhorar uma difícil na tabela. Arrogante, o cartola esqueceu a falta de estrutura, de investimento e de condições para um bom trabalho. Culpou apenas os jogadores pelos resultados negativos. Prometeu cortar o bicho, concentração 48 horas antes das partidas e treinamento nas férias. Disse ainda: “aqui ninguém tem garantia de emprego!”
Como não podia deixar de ser, o mal-estar tomou conta do espaço. Até que o volante Davi, jogador dedicado e bom de grupo puxou o movimento. Tirou chuteiras, meião, calçou e camisa. Guardou tudo no armarinho enferrujado. Saiu andando do vestiário. Um por um, os atletas fizeram o mesmo, seguiram os passos de Davi e se juntaram ao volante nas arquibancadas, em protesto contra a diretoria.