Se você pouco conhece a história do Galo Carijó, mas não o apoia por descrédito diante dos resultados no Mineiro e início de Série B ou críticas da torcida direcionadas aos dirigentes, não se surpreenda ou entristeça caso a equipe de Santa Terezinha conquiste nova vitória diante de expressivo adversário – o Avaí – no Estádio Municipal, às 21h do sábado. Quantas vezes já presenciamos o clube juiz-forano renascer das cinzas? O retorno à elite do Estadual, há dez anos atrás, e o título da Série D, em 2011, são exemplos vivos na memória que comprovam.
Após a contextualização, eis meu ponto de vista. Os problemas na Série B têm criado soluções na equipe. Novamente em meio às dificuldades, vem a resposta e evolução. Bruno Costa, polivalente reforço para a Segundona, veio como coringa a pedido do ex-treinador do Galo, Ricardo Drubscky. Atuou, prioritariamente, como lateral-esquerdo. Em duas oportunidades, contudo, e curiosamente por ausências de Heitor, contra o Bragantino e Bahia, Bruno foi escalado na quarta zaga, sua posição de origem. Deu conta do recado. Lembremos que diante da equipe de Bragança Paulista, o Tupi caiu de rendimento defensivamente quando o polivalente voltou ao flanco canhoto após a lesão do jovem Thiago Espíndola. Frente ao Tricolor de Aço, foi novamente seguro em sua função.
O que dizer, então, do goleiro Rafael Santos? Assumiu a posição do competente Glaysson após lesão do companheiro de posição e não largou mais a titularidade pelo desempenho na meta alvinegra. Rafael é responsável direto pelos três pontos na terça e não teve culpa nos gols sofridos nos últimos minutos das partidas anteriores. Já o técnico, Estevam Soares, parece ter achado um sistema de jogo melhor assimilado pelo que tem em mãos com o ganho técnico no retorno de Hiroshi.
As mudanças começam a surtir efeito. O Carijó dá esperanças novamente quando poucos acreditam. Aguardemos as próximas páginas da tradicional história de superação alvinegra. E que seus fiéis torcedores tenham motivos para comemorar a temporada embasada em nova campanha de luta e suor à frente dos que ainda não entendem a importância do clube para a cidade com uma simples frase. Prazer, este é o Tupi.
*Renato Salles volta a escrever neste espaço em julho