Com as eliminações precoces do Tupi e do meu Corinthians de seus respectivos torneios estaduais, não tenho outra opção nos próximos dois domingos que não seja abrir uma cerveja gelada diante da TV e torcer pela Caldense. Apesar de uma certa rivalidade com nosso carijó, a Veterana deve receber o apoio da grande maioria do torcedor juiz-forano por ter conseguido algo que a cidade sempre sonhou: a chance de desbancar o compadrio entre Atlético e Cruzeiro, que, invariavelmente, marca as finais do Mineiro.
A Caldense pode ir além de, simplesmente, chegar à final do Estadual. A Veterana vai para a decisão contra o Galo da Capital com a chancela de melhor equipe da competição até aqui. Não conheceu uma derrota sequer na competição, tendo vencido, inclusive, o próprio Atlético na fase de classificação. A boa campanha da equipe passa pela prancheta de um juiz-forano. A cada ano, o técnico Léo Condé – que já foi muito hostilizado nas arquibancadas do Municipal – mostra que tem potencial para evoluir na profissão.
Assim como fez com o Tupi na Série C do ano passado, quando o Carijó não conseguiu o sonhado acesso à Segundona por muito pouco, Condé montou um time compacto e competitivo. Sem grandes estrelas e com várias peças conhecidas do torcedor carijó – como o goleiro Rodrigo, o zagueiro Marcelinho e o meia Éwerton Maradona -, pode tentar equilibrar o duelo contra um Atlético envolvido com a disputa da Libertadores na base da tática e, quem sabe, conquistar um título mais do que merecido para um profissional dedicado.
Dessa forma, em respeito ao trabalho do técnico juiz-forano – o que, em certas situações, faltou para alguns torcedores do Tupi – e pelo fortalecimento do futebol do interior, neste e no outro domingo, meu grito de ordem será “vai, Caldense”!