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Triste receita

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Fui fã do Ricardinho entre os anos 1990 e 2000. O meia era daqueles jogadores cerebrais. Enxergava e distribuía o jogo como poucos. Um dos grandes de sua geração. Craque? Não. Só para não banalizar o termo. Se eu chamar o Ricardinho de craque, qual adjetivo usarei para o Zidane, por exemplo? Em qualquer cenário, sempre imaginei que a notícia de um acerto de um nome como o do pentacampeão com o Tupi me deixaria feliz. Contudo, este não é o caso.

Confesso que, como corintiano, passei a torcer o nariz para o meia quando, após a Copa de 2002, ele resolveu trocar o Timão pelo São Paulo. Torcer o nariz é pouco. Fiquei “pê” da vida mesmo. Mas não é isso que me deixa com a pulga atrás da orelha com o novo técnico do Galo Carijó. Tampouco a qualidade do ex-jogador como treinador. O que me deixou chateado não foi a chegada do Ricardinho, mas a maneira como tudo aconteceu.

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Apesar de reconhecer muita luta do time em campo e a má sorte que rondou a trajetória carijó nesta Série B, há uma coisa que não podemos negar: o clube segue à risca o roteiro dos rebaixados. Elenco montado às vésperas do torneio. Plantel reduzido para um campeonato longo. “Vai e vem” de atletas ao longo da temporada. Tudo isso me parece equivocado. Pior que isso é a aposta no entra e sai de treinadores. Tática velha para salvar um planejamento equivocado.

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A sensação é de que Ricardinho será mais um a ser fritado nesse processo tortuoso. Contudo, torço muito para que ele queime minha língua e consiga, ao contrário da lógica, salvar o Tupi do descenso. Aí, amigo, até perdoo o ex-jogador por aquela transferência para o São Paulo.

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