A Seleção Brasileira fechou a temporada 2015 deixando uma boa impressão. Algo que me parecia inimaginável até alguns meses. Acompanhei o time de Dunga “in loco” em dois jogos da Copa América, e, meu amigo, vou dizer um negócio… Na verdade, não há muito o que dizer além dos palavrões que deixei em Santiago. O fato é que não gosto do Dunga como treinador. Nem da maneira como ele escala a equipe e que lida com fatores extracampo.
Antipatia à parte, o desempenho contra o Peru nos dá novas esperanças. Se não ocorreu nada de genial, assistimos a um futebol consistente, com velocidade e troca de passes. Dunga se mostrou menos teimoso. Abriu mão do “centroavante-centroavante” e colocou um jogador de velocidade. Mesmo diante da fragilidade defensiva peruana, a coisa deu certo. Douglas Costa dialogou bem com Neymar, Willian e Renato Augusto.
Não considero que o terceiro lugar nas Eliminatórias seja algo para se comemorar, como fizeram alguns narradores ufanistas da TV. Mas confesso que atende às minhas expectativas de momento, diante da atual geração de atletas. Pode parecer controverso, mas o grande mérito do time que atuou no segundo tempo contra a Argentina e na vitória contra o Peru foi a capacidade de superar o pouco brilho de Neymar nessas duas partidas.
Como bem disse o amigo Wendell Guiducci em sua coluna de ontem sobre Neymar, com a camisa da Seleção, “o menino alegre deu lugar a um adulto empedernido”. Por mais absurdo que possa parecer, o fim da tal “Neymardependência” me parece algo positivo, e permite ao Brasil separar bons jogadores de picaretas e voltar a raciocinar como um coletivo.