Amigos, carijós! Sejamos pacientes. Vi muitos criticando a falta de volúpia ofensiva do Tupi na estreia da Série B do Brasileirão. Entendo. Realmente, o jogo como um todo não foi dos melhores – aliás, foi bem a cara da Segundona, com muita transpiração e pouca inspiração. Porém, ao contrário de muitos, deixei a arquibancada do Municipal na última sexta-feira mais confiante. Se o Galo de Santa Terezinha não atuou bem, também não podemos dizer que a equipe se portou mal. A derrota simples para o Goiás foi uma grande injustiça em uma partida que tinha cara, sabor e cheiro de zero a zero. Nenhuma das equipes fez por merecer a vitória, mas era para alguém levar os três pontos, mais justo que fossem os donos da casa.
No entanto, diante do que vi, reitero: sejamos pacientes. Temos um elenco em formação – a menor folha da Série B, ressalte-se – nas mãos de um treinador sabidamente competente, que pode – quem sabe até com sobras – guiar o time ao grande objetivo da temporada que é a permanência entre os quarenta melhores clubes do país. A despeito da derrota na estreia, enxerguei um time bem organizado em campo e se esforçando por encontrar alternativas que, acredito, virão conforme a evolução dos treinos e das partidas.
À medida que cada um do grupo se conhecer melhor sob a batuta de Ricardo Drubscky, acho que a coisa vai andar. Em 90 minutos de apatia ofensiva contra os campeões goianos pode-se perceber que não faltou dedicação e brio nos olhos dos jogadores carijós – que também só vamos conhecer melhor ao longo do certame -, bem organizados taticamente dentro das quatro linhas. De decepção, só mesmo a presença do juiz-forano no estádio. Tirando os “mil e quinhentos” guerreiros de sempre, ao que parece, a cidade de fato não gosta do Tupi. Uma lástima.