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Trocaria tudo por…

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Fiel ao clichê, faço dessa minha última coluna do ano uma retrospectiva. Assim, lamento não ter visto meu Corinthians levantar uma taça sequer na temporada. Pouco comemorei o prêmio de consolação que foi a última vaga brasileira na Libertadores. Por outro lado, se não tive o apogeu de euforia do “é campeão, p…”, não posso reclamar do meu ano futebolístico. Uma vez mais em meus trinta e poucos anos, o esporte me proporcionou momentos de magia em 2014. Poder acompanhar “in loco” uma Copa do Mundo será uma experiência que carregarei para até as próximas encarnações.

Independente de posicionamento político, para mim, esta foi a “Copa das Copas”. Nem os infindáveis sete gols alemães irão apagar tais lembranças. Vivenciar um Mundial é entender um pouco mais do mundo. Compreendi isso ao lado de amigos de sempre e de amigos para sempre – de todas as nacionalidades – construídos na linguagem universal da farra. Fiz de tudo um pouco, desde o primeiro jogo, quando tomei chope com croatas na esquina da Ipiranga com São João, antes de assistir à Seleção pela primeira vez e ver de perto o sonho realizado de um estádio corintiano.

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De São Paulo, sem banho nem nada, embarquei para um mês de futebol e praia em Fortaleza. Torci como um louco para os “ticos” da Costa Rica, na improvável vitória por 3 a 1 contra o Uruguai. Saí afônico de um insosso “oxo” entre Brasil e México. Coloquei a bandeira do Tupi na primeira fila da TV mundial no empate entre Gana e Alemanha. De quebra, vi Klose igualar o recorde de Ronaldo. Assisti à entrega do fantástico Robben no sofrido triunfo sofrido da Holanda sobre o México. Cantei hino à capela nos 2 a 0 da Seleção sobre a Colômbia e consolei desabafo choroso do amigo Chico Brinati: “não somos pés-frios!”

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Após seis jogos intensos, já em Juiz de Fora, assisti com incredulidade aos 7 a 1 contra a Alemanha. O inexplicável massacre me fez ter certeza de que tudo que havia vivido permaneceria indelével. Reafirmo essa certeza nessas linhas tortas. Entretanto, ao reviver toda a emoção de meu Mundial particular, surge outra certeza: a de que trocaria toda essa experiência pelo acesso do Tupi à Segunda Divisão do futebol brasileiro. Algo que, tenho certeza, irá acontecer em breve. Nem que eu tenha que apostar as memórias da minha Copa das Copas.

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