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Xing-ling

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Com a competência e a honestidade de vários de seus mandatários em xeque, o futebol brasileiro precisa se reinventar. É inaceitável perder grandes jogadores para mercados em que o esporte é visto como algo peculiar, como a China, por exemplo. Fãs de pingue-pongue, os asiáticos têm o futebol como quarta opção. Ainda assim, os clubes chineses contam com bala na agulha suficiente para tirar grandes jogadores das equipes mais ricas do Brasil. Na transação mais recente, Jadson deixou o Corinthians, campeão brasileiro, para engordar o bolso com milhões e milhões de yuans.

Até o meio do ano, já eram 30 brasileiros atuando na China. Repare que não se trata de 30 caneleiros, mas de Robinho, Ricardo Goulart, Paulinho e Diego Tardelli. A debandada compromete a qualidade do Campeonato Brasileiro e o que se vê é um produto de pouca atratividade, que só se mantém pela paixão do torcedor. Prejudica também a já enfraquecida Seleção Brasileira, que ainda carrega as escaras do massacre alemão. Isso porque quando um bom jogador faz as malas para China, como Jadson, ele abre as portas da segurança financeira e, automaticamente, fecha o caminho do sucesso com a camisa canarinho.

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Enquanto isso, nossos clubes e dirigentes não têm a capacidade e inventividade necessárias para capitalizar. Não conseguem oferecer contratos capazes de manter atletas medianos e competir com o mercado emergente. E não venha me dizer que o problema é a crise financeira. Mesmo nos tempos de marola, os chineses já mostraram que seriam bons de negócios, exportando um tal de Zizao para nosso futebol cada vez mais xing-ling.

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