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ouro
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Há cinco anos, nos Jogos Olímpicos de 2016, tive a oportunidade de acompanhar bem de pertinho o primeiro ouro olímpico do futebol brasileiro masculino. Estava lá, ao vivo e a cores, em um Maracanã lotado, ávido por uma conquista deste quilate desde o Maracanazo, de 1950. A vitória da equipe capitaneada por Neymar sobre a Alemanha na final, nos pênaltis, dois anos após o 7 a 1, foi como um banho de sal grosso.

Mais do que o hiato temporal, por tudo que estamos vivendo desde 2020, nessa crise sanitária e de distorção da realidade, aquele momento parece algo de outro mundo. Quase intangível. A festa e a farra foram tão boas, que todas as lembranças que tenho são de flashes de euforia.

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De certa forma, a proximidade dos Jogos de Tóquio me remeteu a esta boa lembrança, quando, nesta quinta, o técnico André Jardine anunciou os nomes dos 18 jogadores que vão tentar buscar o bi olímpico.

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O time é até bem interessante. Traz nomes que, apesar de jovens, já são bastante conhecidos, como os bons laterais Gabriel Menino, do Palmeiras, e Guilherme Arana, do Atlético; o meia Claudinho, do Bragantino; e o atacante Pedro, do Flamengo.

A meu ver, o selecionado de Jardine tem como grande jogador o meia Gerson, também do Flamengo. Como joga bola o camisa 8 rubro-negro. Tem também outros bons valores nacionais, que fazem mais sucesso do lado de lá do oceano do que por aqui, no chamado País do Futebol.

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Há até correlações com o time que trouxe o inédito ouro olímpico nos Jogos de 2016. Principalmente, entre os três nomes com idade superior aos 24 anos escolhidos para compor o elenco – ou, pelo menos, no que diz respeito a dois deles.

O goleiro Santos, do Athletico Paranaense, é o Weverton da vez e dá segurança debaixo das balizas. Da mesma forma, assim como foi Tiago Silva há cinco anos, Daniel Alves terá a responsabilidade de emprestar experiência ao grupo e tem também a chance de marcar ainda mais seu nome na história da Seleção.

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Olhando assim, no papel, acho que pode até dar samba. Uma conquista está longe de ser uma tarefa fácil, mas temos um bom time e o sucesso está sempre no horizonte quando se trata do futebol.

Mas lembram-se quando eu disse que a emoção de 2016 parece algo intangível? Pois é. A sensação de momento é oposto de euforia. A atual edição dos Jogos não provoca o menor apelo e parece um equívoco histórico. Até acredito que a equipe de Jardine possa render um bom tempero em campo, mas, fora dele, a coisa parece bem insossa.

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