Éramos uns 200 assistindo ao jogo da última quarta em um bar no Centro de Juiz de Fora. Éramos uns 200, mas a mesmo tempo éramos um só. Uma só voz empurrando o Corinthians para a vitória. Uma vitória de sete meses que coroou o trabalho de um time que foi do inferno ao céu; de desacreditado a quase unanimidade.
O Timão foi campeão brasileiro por méritos próprios. Existiram tropeços recentes, após um primeiro turno impecável, é verdade. Mas, de fato, o time não foi ameaçado em momento algum na competição. Há meses, tínhamos um torneio dividido em dois. Um disputado pelo Corinthians contra seus próprios e poucos equívocos e outro, mais embolado, jogado pelas outras 19 agremiações. O primeiro foi melhor de ver.
O campeão foi o clube que, apesar de viver um cenário de grande crise financeira, consegue ter um bom planejamento dentro das quatro linhas; o time que, basicamente, evita demitir treinadores; da equipe que sabe garimpar jogadores em ascensão; e da agremiação que tem em sua torcida a certeza de apoio contínuo, apaixonado e irrestrito. Éramos milhões assistindo ao jogo da última quarta em todo o país. Éramos uns milhões, mas a mesmo tempo éramos um só.