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‘Você é muito ruim’

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Os campeonatos seguem de férias no Brasil e nossos clubes se esforçam para equilibrar as finanças, sem, de fato, fazer contratações que justifiquem análises mais aprofundadas. Enquanto isso, a bola continua rolando na Europa. Lar adotivo dos principais jogadores brasileiros e de todo o planeta, o Velho Continente ainda permanece como um oásis para quem abre mão da paixão clubística e deseja apenas assistir a uma partida do mais alto nível. Infelizmente, este não é o meu caso, já que prefiro sofrer horrores com os caneludos que defendem as cores de meu time de coração.

No entanto, o fato é que não é a boa qualidade do futebol jogado que me causa um ligeiro sentimento de inveja – já que para mim o esporte é paixão. Mas, sim, a forma como as coisas que acontecem do outro lado do oceano são tratadas. Além de mais verde, a grama do vizinho não recebe da nossa mídia e de parte dos torcedores locais o mesmo policiamento que torna o nosso esporte cada dia mais chato.

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Por exemplo, se um jogador do Flamengo dissesse a um atleta do Vasco – ou vice-versa -: “Você é muito ruim!” Imagina o circo que fanfarrões das palavras, microfones e arquibancadas não fariam. Pois é, o Messi fez isso durante a semana em um jogo do Barcelona. Todo mundo riu, inclusive o caneludo que havia chamado o melhor jogador do mundo de “baixinho”.

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Não há nada demais em uma provocação como essa. Não há nada demais em dizer que um time tem mais título que o outro. Não há nada demais em ser baixinho ou muito ruim de bola. O que, a meu ver, não é correto, é a posição de parte dos formadores de opinião do país, que, enquanto adulam tudo que vem de fora, apontam o dedo e querem influenciar o pensamento comum por aqui – seja no futebol ou na política – só para garantir audiência ou atender a interesses de terceiros.

Em tempo: perto do gigante Messi, todo mundo é “muito ruim”.

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