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Eu queria ser o Cristiano

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Todo mundo conhece a teoria dos seis graus de separação, que define que seis laços de amizade separam você de qualquer indivíduo no mundo. O conceito é interessante e verdadeiro. Eu, por exemplo, tenho um amigo que me conecta com monstros do futebol como Gérson, Nilton Santos e Zagallo. Pois é! Vocês vão ter que me engolir! O cara que me aproxima desses gigantes é o grande Cristiano Bellei, que tem uma daquelas histórias de amor à bola que muitos brasileiros viveram e que outros inumeráveis sonharam em vivenciar.

Esse final de semana estive em Goianá, onde reencontrei o amigo. Entre uma cerveja e outra, pedi que me contasse novamente sua experiência com os craques botafoguenses. Ele se fez de rogado. “Já te contei uma vez”, desconversou desafiador. Assim, senti-me incumbido de contar a história a minha maneira. Então, vamos lá:

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Na semana passada, nesse mesmo espaço, eu disse que queria ser o Paulo Baier, e bater minha pelada semanal com dignidade. Entretanto, trocaria isso para ser o Cristiano, que teve a honra de, lá na década de 1960, ter sido indicado para o Botafogo por ninguém menos que Nilton Santos. A “Enciclopédia” viu naquele ponteiro arisco que jogava no Sport Club Juiz de Fora um verbete de grande potencial. Já na primeira chance, ele deu uma de Garrinha, com uma caneta no “joão” que jogava como titular na lateral-direita do Botafogo.

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O Gérson, que gostava de cigarros e de levar vantagem em tudo, deu uma bronca no “mineirinho”. “Primeiro toca a bola aqui. Depois você joga”, disse o Canhota. A chamada era um reconhecimento, e Cristiano acabou relacionado para uma excursão internacional. Precisava, entretanto, da liberação do Sport, mas o eterno presidente periquito, Francisco Queiroz Caputo, endureceu o jogo.

Assim, o Botafogo perdeu uma grande promessa, e o o futebol local, uma realidade. Tempos depois, uma lesão fez com que a várzea mineira ganhasse um craque, e eu, um grande amigo. O resto é história para a próxima cerveja.

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