O Campeonato Mineiro chega ao fim para o Tupi neste domingo. Final melancólico, vale ressaltar. O Galo Carijó recebe a Caldense em confronto agendado para o Estádio Municipal, duelo que vale a permanência dos juiz-foranos na elite do futebol mineiro. A meu ver, um empate salva o pescoço alvinegro da degola. Em busca de apelo, a diretoria preparou uma promoção para tentar levar um maior público ao jogo. Os ingressos custarão, R$ 20 e R$ 10. É um preço honesto, mas que, dificilmente, será suficiente para aumentar a tímida média de 2.154 torcedores por jogo – praticamente a mesma da Tombense (2.077 presentes por partida), time que representa uma população estimada de nove mil torcedores.
O desinteresse do torcedor juiz-forano pelo futebol da cidade parece patológico. Mas, dessa vez, é notório que o desempenho dentro de campo contribuiu para a baixa assiduidade. A pouca qualidade que se viu dentro de campo foi suficiente para apagar qualquer chama que pode ter sido acesa com o acesso heroico de 2015. Esperava-se um time competitivo para a temporada em que o Tupi terá o desafio de jogar a Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, o que se viu foi um plantel muito abaixo do que se espera na Segundona e inferior a grupos formados pelo próprio Carijó em anos anteriores.
O planejamento foi falho e considero difícil a remontagem do elenco para a sequência da temporada, diante da base formada até aqui. Vocês não imaginam o quanto eu espero estar errado. Foram quatro meses jogados fora. Do Campeonato Mineiro, só se salva a contratação do técnico Ricardo Drubscky. Aliás, acho que só Drubscky poderá salvar o Tupi de uma campanha claudicante na parte debaixo da tabela de Série B, que, infelizmente, tem tudo para ser de estádio vazio com a manutenção do descaso do juiz-forano com as coisas que são da cidade. Triste realidade.