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Entra e sai ano, o futebol segue envolto nas polêmicas envolvendo a arbitragem. Para jogar mais gasolina na fogueira, a última rodada do Brasileirão foi um festival de lambanças. Em quase todas os jogos ocorreram erros crassos dos homens de preto, algo recorrente nos torneios tupiniquins sem exceção, algo que fica mais claro quanto maior for o número de câmeras de TV posicionadas à beira do campo.

Os infindáveis equívocos alimentam discussões de botequim e de mesas redondas de caráter duvidoso. Para estes, há esquema para beneficiar A ou B. Todavia há também o grupo mais moderado – e eu me incluo nesse rol -, que acredita que o problema é mais simples, mas não menos preocupante: a péssima qualidade de nosso quadro de apitadores.

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Diante do furor dos erros de quarta-feira, a CBF decidiu afastar uma penca de árbitros e auxiliares e aplacou alguns ânimos sedentos por sangue. Mas a geladeira é castigo para inglês ver. Pouco em breve, os punidos de ontem e suas patuscada com apitos e bandeirolas estarão de volta.

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A solução da cartolagem é mais do mesmo. Joga tanto para a plateia quanto alguns dirigentes e jornalistas que vendem desculpas e conspirações, ao invés de propor algo mais definitivo, como a profissionalização, a qualificação do quadro de arbitragem ou uso da tecnologia. Parece até existir o intuito deliberado pela manutenção das polêmicas, que inflam egos e audiências de programas de baixo nível.

Aliás, os indignados da vez são os mesmos que se calam quando o vento torto do apito afaga as árvores e o patrimônio de seus interesses. Assim, de fato, praticamente não discutimos o futebol na Pátria dos 7 a 1.

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