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“Professores”

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Nunca tratei técnico de futebol pela alcunha de “professor”, e considero os treinadores como mais uma peça na engrenagem. No sucesso ou no fracasso, são tão importantes quanto um planejamento inteligente, uma boa infraestrutura e um elenco de qualidade. Todavia, não há como ignorar o ditado que diz que toda regra tem sua exceção. Neste início de temporada, dois nomes estão provando que os comandantes podem ser, sim, o principal elemento de um time vitorioso. Os dois “professores” que me fazem rever conceitos são Dunga e Tite. Praticamente com os mesmos atletas que seus antecessores, a dupla conseguiu implantar novos conceitos e permanece invicta em 2015.

Dunga caminha para recuperar a essência do futebol brasileiro. Sem grandes valores orbitando a genialidade inconteste de Neymar, o técnico formou um time competitivo e já subjugou adversários como França, Colômbia e Argentina. Com a ausência dos talentos individuais de outrora, o treinador aposta em um esquema tático moderno. Não inventou a pólvora, mas disciplinou um time eficaz na defesa, rápido na saída e na troca de bola, e incisivo na definição de jogadas. Hoje, o Brasil jogaria em pé de igualdade com a Alemanha, carrasca em 2014.

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Tite segue o mesmo tom e tem amplo controle de uma equipe onde a qualidade de Sheik, Elias, Jadson e Guerrero é coadjuvante da coletividade. Pelo padrão de jogo e velocidade na transição da bola entre defesa e ataque, é possível dizer que, por ora, o Corinthians é o time mais “europeu” (neste caso, o adjetivo diz respeito à forma que equipe está disposta em campo) das agremiações sul-americanas. Da mesma forma que o Brasil de Dunga, hoje, o Timão jogaria em pé de igualdade com muitos clubes do segundo escalão da Champions League.

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Técnico não ganha jogo. Todavia, no momento, Dunga e Tite vencem e convencem.

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