Na última coluna, admiti que não conhecia o trabalho de Alexandre Barroso e evitei tecer maiores comentários sobre um possível acerto do treinador com o Tupi. Isto foi há uma semana, já que, anunciado pelo Carijó nesta terça-feira, o treinador deixou de ser especulação e passou a ser realidade, o que me obrigou a buscar mais informações. Não foi tão fácil. Afinal, técnico não é como jogador de futebol. Não dá para ir no YouTube procurar por vídeos com os melhores momentos.
Enfim, posso dizer que Barroso tem perfil estudioso e fama de conhecedor de todas as áreas que integram os bastidores do futebol. À beira do campo, teve bons momentos no CRB, no Villa Nova, na Cabofriense. Foi campeão e reverenciado no Al Hilal, da Arábia Saudita. A melhor impressão, porém, veio da entrevista concedida pelo técnico em sua apresentação. Barroso parece conhecer – e bem – a realidade do clube. Sabe que terá poucos recursos e defendeu a criatividade nas contratações e a mescla de jogadores jovens e experientes na formação do elenco. Uma bela leitura, diante do orçamento limitado de sempre. O técnico também parece saber da fria relação existente entre a cidade e o Tupi e defendeu a necessidade de a cidade ter uma maior contundência esportiva. Nada mais justo. Um bom começo, eu diria.
Aproveito e dou o primeiro conselho ao novo técnico: o pastel da Mexicana segue fantástico. Principalmente, o de pernil.