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Bom começo

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Foram só três rodadas até, mas eu diria que o Brasileirão de 2017 começou de forma bem interessante. A média de gols surpreende – 2,63 bolas na rede por partida – e é quase 10% maior que a do ano passado (2,41), que já havia sido superior a de 2015 (2,36) e 2014 (2,26). Já tivemos alguns grandes jogos recheados de reviravoltas. Foi assim no duelo entre Santos e Fluminense; no embate entre Bahia e Atlético Paranaense; na virada do Sport para cima do Grêmio; e no eletrizante Vasco e Flu, decidido nos minutos finais. Ainda é cedo para previsões, mas é inegável que tivemos um começo de certame mais convidativo que o de anos anteriores.

Bacana também está a disputa pela ponta por equipes que, antes de a bola rolar, dificilmente apareciam como postulantes ao título. Ok! São só três rodadas, o que é incipiente para embasar qualquer exercício de futurologia. Mas, até aqui, Chapecoense, Corinthians e Cruzeiro fazem um Campeonato com C maiúsculo e, dentro de campo, têm mostrado um futebol mais coletivo e eficiente, capaz de desbancar os badalados elencos de Fla, Palmeiras e Atlético – os dois últimos figuram como decepção do torneio até o momento – da briga pela ponta da tabela.

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Se o Brasileirão traça um roteiro alheio às expectativas, o que não me surpreende é a capacidade do futebol brasileiro se reinventar – um bom exemplo é a Seleção de Tite. Os dirigentes continuam fedendo à picaretagem. A geração de jogadores está bem distante das melhores da história. Ainda assim, consigo me surpreender com coisas banais do nosso esporte preferido. Não temos os melhores torneios do planeta, mas, temos os mais apaixonantes. Por mais que a molecada de hoje tenha os olhos voltados para a Europa, para mim, a final da Champinons League deste sábado será apenas uma boa preliminar para a rodada do Brasileirão.

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