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Safadão

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Quando o gol do Wesley Safadão vira o assunto esportivo do final de semana é porquê a falta de notícias nesta época do ano está grande, certo? Errado. Até acredito na nossa carência dos bons atacantes de área, e também admito que o amigo da música proporcionou um lance de habilidade única, de fazer inveja em muito homem de frente da série A, mas se faltam competições para serem noticiadas, não faltam negociações no mês derradeiro do ano.

É agora que o dirigente do seu clube está acertando os salários com o atacante escondido no interior, que vem a preço de banana e arrebenta o ano todo, ou aquele zagueiro caro, que era a aposta para botar ordem na zaga, mas que não sai do departamento médico. O rendimento, bom ou ruim, faz parte, são humanos, estão sujeitos a distintos desempenhos, contusões e problemas extra-campo. Se o futebol fosse uma ciência estava longe de ser exata. Exato deve ser o orçamento, que, diferente do atacante, não pode estourar no fim do ano.

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Em tempo em que a transparência anda tão em voga, e já deveria ser obrigação nos clubes de futebol, taí a Lei de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, e o Goiás tentando se valer dela para retornar à elite. Não vejo razão de não deixar tudo as claras para quem anda em linhas certas. Seria bom para as instituições, para a imagem do futebol, para o jogador que rende muito com um salário aquém dos demais, para o torcedor ter ciência do que se passa no seu clube, para o patrocinador sentir credibilidade no time no qual coloca dinheiro e para o diretor que monta um elenco com orçamento baixo. O que não pode no fim do ano é dirigente deixar o clube endividado, jogadores sem salários e, como diz a música do Safadão, ir curtir a vida no camarote bebendo uma “gela”.

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