Agora a peleja ficou séria. Cento e oitenta minutos separam o Tupi da tão sonhada Segunda Divisão do Brasileiro. O desfecho da novela Série C pode ter um final feliz bem longe do mar de montanhas da Zona da Mata mineira, lá na capital do agreste alagoano, como é conhecido o município de Arapiraca, casa do ASA, adversário do Tupi na disputa pelo tão sonhado acesso. Os fantasmas, as nhacas, os sapos enterrados e os cornetas de plantão não estarão presentes em campo na hora da decisão, ou pelo menos nos 90 minutos finais dela. O nome da cidade, que significa “ramo que a Arara visita”, pode ser o poleiro da vitória do Galo.
Na primeira fase, em sua casa, o time nordestino teve oito vitórias, um empate e nenhuma derrota. A sua defesa sofreu apenas dois gols. Os números mostram que o ASA é difícil de ser batido com o mando de campo. Por outro lado, fora do ramo da Arara, o time só teve duas vitórias, e as três derrotas sofridas foram placares com mais de dois gols de diferença. A campanha de melhor mandante da Série C mostra que o time do agreste é difícil de ser batido em terras nordestinas, o que não se repete no campo adversário.
Jogando no Estádio Coaracy da Mata Fonseca, outro fator favorável à Arapiraquense é a presença de público. A cidade que tem a metade de habitantes em relação a nossa Princesa de Minas, no seu último confronto da primeira fase, botou quase quatro mil torcedores em seu campo, mais do que o dobro que o Galo colocou contra o Brasil no seu último jogo. Mas estes números você cidadão juiz-forano pode mudar, não depende dos jogadores. Vamos ao Mario Helênio sábado à noite mostrar para a Arara quem é que canta de Galo aqui no poleiro. Aparece lá, cabra da peste: mais do que nunca, o Tupi precisa do seu apoio.