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Juiz de Fora F.C.

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Em frente ao estádio o trânsito estava inerte na principal avenida da cidade tamanha quantidade de carros parados. As filas de torcedores viravam a esquina, a torcida alviverde entrava do lado oposto da alvinegra para evitar confusões. Lá dentro já estava abarrotado de gente à espera do confronto que foi comentado a semana inteira pela imprensa local. Policiais dividiam as duas torcidas para que os ânimos não esquentassem, tamanha a rivalidade do jogo. Eu, com 11 anos, teria a oportunidade de presenciar pela segunda vez aquele clássico, mas não sabia que, pelo Campeonato Mineiro, seria a última.

Isso mesmo, Mineiro, o cenário que parece de um Palmeiras e Corinthians na verdade foi um Sport x Tupi pelo Campeonato Estadual em 1988. O jogo do turno, no Salles Oliveira, também com casa cheia, havia empatado e agora o derby seria no Procópio Teixeira. Confesso que naquela partida fui para a torcida do meu time de coração, o Tupi, mas também não nego que em todos os demais confrontos do Sport na avenida eu marquei presença na torcida pelo Verdão. O resultado? Não importa, o esporte de Juiz de Fora ganhava aquele dia.

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Se vinte e oito anos atrás era possível esta realidade, porque agora, com a cidade maior, com um Estádio Municipal com boa capacidade, mais empresas na região e um time disputando a série B do Campeonato Brasileiro, ela não pode se repetir? Tomara que a volta do futebol no Baeta não fique apenas nas ideias e que muitos jovens juiz-foranos tenham um dia a oportunidade que eu tive, de ver dois times da princesinha de Minas na Primeira Divisão do Mineiro – ou, porque não, três? Seria inesquecível, como foi na década de 80. O esporte da cidade merece.

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