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Pedrinho e Mariana, Alemanha e Barcelona

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– Professora, foi assim com o pau-brasil, machucando toda nossa Mata Atlântica sem dó, não foi?

– Foi, querido! Machucamos muitos índios também.

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– Depois continuamos machucando nossa terra mais ainda, com as lavouras de cana, não foi, professora ?

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– Foi, querido! Machucamos muito a nossa história com a escravidão, também.

– Depois correram para machucar nossas montanhas, não foi ?

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– Isso, levaram boa parte do nosso ouro, né, Pedrinho?

– Por falar em ouro, professora, você viu lá em Mariana, que coisa triste…

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– Muitos corações machucados, né, guri ? Parece que nossa história não ensina, continuam levando nossas riquezas e destruindo nossas terras, mesmo depois de 500 anos…

Pedrinho, com toda sua destreza e inteligência, interrompeu a professora:

– E a gente sempre vendo a lama passar, né, professora ?

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Querendo tirar o clima fúnebre da conversa, observando que no lugar do uniforme, Pedrinho foi à aula com uma camisa do Santos, a mestre logo perguntou:

– E o Neymar, Pedrinho, machucou o zagueiro com um chapéu. Que golaço, né ?

Astuto, o aluno prodígio respondeu.

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– Ah, podia ser com a camisa do Brasil, imagina se fosse na Copa? O que machuca é ver nosso ouro brilhar lá fora, né, professora?

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