Oi, gente.
Que bom estar com vocês novamente, agradecemos a preferência. E um “wilkommen” para quem acabou de chegar e ainda está tentando entender o que se passa neste quadrilátero repleto de palavras que tentam fazer algum sentido.
E só para contrariar (“eu andei errado, eu pisei na bola”) não vamos falar do novo, mas sim do antigo. De flashbacks. Na verdade, não sei se é falar do passado ou do quanto tudo o que conhecíamos mudou de forma tão radical, mas enfim: há muita tempo atrás (três semanas), eu e a Leitora Mais Crítica da Coluna fugíamos de Juiz de Fora para rever a família. Entre uma troca de CD e outra, topei com um disquinho prateado sem identificação, a Leitora ficou curiosa, e fomos ouvir o que havia perdido ali. “Elevation” (U2), “The end is the beggining is the end” (Smashing Pumpkins), “Celebrity skin” (Hole), “Road rage” (Catatonia)…
Essencialmente, o CD continha apenas músicas que tocavam na MTV e que, com a internet da época (2000-2004, dá uma força, memória!), baixávamos a duras penas pelo Napster e programas imitadores. E voltei a lembrar, depois de tanto tempo, como a Music Television foi relevante para nossa educação musical – educação sentimental era com o Kid Abelha. Tum-dum-tss.
A emissora que tocava música chegou por aqui em 1990 e conquistou um público considerável, pelo menos entre a galera que gostava de rock/techno e não encontrava aquela novidade, o grupinho shoegazer escocês da semana, em qualquer FM por aí. Conversando com a Leitora, lembrei de como eram cobiçadas as fitas VHS em que os sortudos conseguiam gravar videoclipes do Garbage, Sparklehorse, Superchunk, Aphex Twin, Chemical Brothers, o gênio Wesley Willis, etc., em programas como o “Lado B” do “reverendo” Fábio Massari.
Era a MTV que ajudava a pautar um Hollywood Rock, que então escalava os próprios Pumpkins, White Zombie, Alice in Chains, Jesus Jones, o “Unbelievable” EMF (do you remember?). É engraçado ver como ela se tornou irrelevante, basicamente uma emissora de seriados com vampiros bobões e reality shows idiotas. Mas “Catfish” é legal, por ser bizarro, a Leitora Mais Crítica da Coluna e eu somos fãs. Foi bom enquanto durou, pena que o passado não volta mais – o que não deixa de ser igualmente bom, creio eu.
Para lembrar o quanto a MTV era legal, uma sugestão: ouçam Teenage Fanclub o fim de semana inteiro e sejam felizes pelo resto da vida, seja o “Grand Prix”, “Bandwagonesque” ou “Shadows”.
Vida longa e próspera. E obrigado pelos peixes.