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Dieguices…

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Quando a gente descobre que vai ter um filho, tem uma única certeza: a vida mudará para sempre. Com todo mundo é assim. Quando Diego veio ao mundo, compreendi que ser mãe exige aprendizado, principalmente quando somos “novos” nessa matéria. O nascimento dele me fez virar do avesso. Mas o tempo fez brotar um amor tão poderoso que, em um determinado momento, questionei como eu tinha conseguido viver 38 anos sem ele? O filho passa a ser o presente e, por que não dizer, o futuro da nossa história.

O primeiro sorriso, a primeira cólica, o primeiro passo, a primeira vez que eles nos chamam de mamãe. Aliás, de todas as palavras do mundo, mamãe é a que tem a melhor sonoridade. Diante de tanta felicidade vem um medo incrível de perdê-los. Se pudéssemos, construiríamos redomas de vidro, recobriríamos todas as calçadas com TNT, destruiríamos todas as quinas do mundo. Mas não podemos. Precisamos deixá-los crescer e enfrentar o que vem pela frente, até mesmo a bola que o melhor jogador do time da escola chuta para o gol, quando é o seu filho que está na posição de goleiro.

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Nos últimos cinco anos, experimento as delícias e agruras de ser mãe. Sou daquelas que carrega a culpa pela falta de tempo, por tantas despedidas por causa de viagens de trabalho, que chega a perder o aniversário do coleguinha do filho porque está fora da cidade. Quando saio, me sinto inundada por dentro, mesmo fingindo sorrir. Há poucos dias, Diego me disse que desejava amassar todos os aviões do mundo para não ter que me ver longe dele. Chegou a perguntar, desconfiado, o que tinha de bom no filme que estávamos lançando, emendando um pedido: um dia você faz um filme de criança só pra mim?

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Nesta semana, exatamente a que marca a formatura dele na educação infantil, meu pequeno formando me surpreendeu durante a montagem de nossa árvore de Natal. Em meio à farra que fazemos lá em casa para colocar os enfeites, Diego iniciou uma conversa “séria” com a ajudante que trabalha conosco há quase dez anos.
– Sabia, Tatá, que a mamãe é boa de “escrituras”, perguntou, demonstrando, pela primeira vez, o orgulho que sentia.

Sorri para ele, embora quisesse chorar. Do alto de seus 5 anos, Diego confirmou em mim o sentimento de que tudo valeu a pena!

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