Estimado Enoleitor,
Se você me acompanha pelas redes sociais, em especial pelo meu Instagram, @davinha_aovinho, você deve ter me visto degustando vários vinhos, na companhia de vários amigos e produtores, especialmente brasileiros, na semana passada. Venho hoje compartilhar com você, com riqueza de detalhes, por onde andei.
Wine South America é oportunidade para negócios do vinho
Na última semana, estive em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, para participar da Wine South America, uma das maiores feiras de negócios do vinho da América Latina. O evento é realizado pela Milanez & Milaneze, empresa do Grupo Veronafiere, e conta com o know-how da Vinitaly, a feira italiana que é uma referência mundial do setor de vinhos há 55 anos. A 4ª edição da WSA, encerrada no dia 14 de setembro, superou todas as expectativas dos organizadores e bateu o recorde de negócios realizados nas edições anteriores.
Tenha em mente que a feira é direcionada para os profissionais e para a indústria do vinho como um todo. Ela funciona, basicamente, como os congressos realizados em outras especialidades, tendo como objetivo principal promover o networking entre os participantes, facilitar as negociações, apresentar novidades, encurtar distâncias entre regiões e países e alavancar setores relacionados à indústria do vinho em geral, como o enoturismo.
Com a presença de 360 marcas do Brasil e do exterior, a feira promoveu mais de 2 mil reuniões de negócios nos denominados Projetos Comprador, nacionais e internacionais. O Projeto Comprador Nacional, em especial, reuniu compradores qualificados de todo o território nacional, que participaram de rodadas de negócios pré-agendadas com mais de 150 vinícolas brasileiras expositoras da WSA.
Para você ter uma ideia da importância dessa iniciativa, menciono um comprador em especial presente na feira: o ícone da hospedagem de luxo no Brasil, o Copacabana Palace, do Rio de Janeiro, representado pelo seu head sommelier, Edsandro Santos. O sommelier afirma ter feito vários contatos com fornecedores de vinhos que possuem produtos que preenchem uma exigência fundamental do hotel: a exclusividade.
“A gente tem como objetivo surpreender nossos hóspedes estrangeiros com produtos locais, já que muitos acham que nem produzimos vinhos. Um bom vinho brasileiro, com um bom storytelling, é tudo o que a gente precisa para alcançar e encantar o nosso hóspede”, ele conta. “As rodadas são fundamentais para conhecer os produtores de vinhos que tenho curiosidade e interesse. A feira está um sucesso total: cada ano que passa, ela está melhor. O que vemos aqui é uma feira gigante e que vai crescer ainda mais na América do Sul”, profetiza Edsandro.
As vinícolas, por sua vez, também avaliam as rodadas de negócios como ótimas oportunidades comerciais. Lucas Foppa, um dos fundadores da Tenuta Foppa & Ambrosi, de Garibaldi (RS), participa da iniciativa desde a primeira edição da WSA. “Acredito que o Projeto Comprador seja a grande atração da WSA. Ele traz uma aceleração de networking incrível. Os resultados são sempre positivos. E é interessante que essas reuniões de negócios ocorrem pela manhã, no turno inverso da feira. Isso torna a conversa mais tranquila, organizada e assertiva. É uma iniciativa maravilhosa”, destaca o enólogo e empresário.
O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) também patrocinaram rodadas com compradores internacionais de vinhos, espumantes e sucos de uva brasileiros. Inclusive, pela primeira vez, foram organizadas rodadas para os interessados exclusivamente no suco de uva, produto que conquista cada vez mais apreciadores no exterior.
Além de vinhos, espumantes e suco de uva, produtores de azeite de oliva e cachaça integraram o rol de expositores. Empresas que prestam serviços e fornecem materiais e insumos para o processo de produção dos vinhos também aproveitam a feira para fazer novos clientes.
Tanques para fermentação, barricas, garrafas, embalagens em geral, drones para uso nas plantações, dentre outros, são apenas alguns exemplos de produtos requisitados pelas vinícolas. Os compradores também tiveram acesso a outras novidades, como os vinhos sem álcool, cada vez mais em evidência, e os descolados vinhos em lata.
Todas as iniciativas somadas superaram as expectativas e geraram mais de R$50 milhões em negócios para o setor vitivinícola. “Recebemos aqui na Serra Gaúcha os principais compradores de redes supermercadistas, lojas especializadas, hotéis e restaurantes conceituados de todas as regiões do Brasil, além de importadores de mais de 22 países”, afirma Marcos Milaneze, diretor da Wine South America.
Cerca de 360 marcas participaram da WSA, dentre nacionais e importados. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer e degustar rótulos de 20 países: África do Sul, Argentina, Áustria, Bulgária, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Geórgia, Grécia, Itália, Macedônia, Moldávia, Nova Zelândia, Portugal, Romênia, Sérvia, Síria, Uruguai e, claro, Brasil.
Bento Gonçalves, a capital da uva e do vinho, é a sede da WSA
A localização do evento, per se, é um grande diferencial e um grande bônus para os participantes. Bento Gonçalves, localizada no coração da Serra Gaúcha, é a maior região produtora de vinhos e espumantes do Brasil. Globalmente conhecida como a capital brasileira da uva e do vinho, é o berço da primeira denominação de origem do nosso país, a D.O. Vale dos Vinhedos.
Os profissionais e compradores têm a facilidade não somente de concentrar seus negócios na feira, mas também de conhecer a região, visitar as sedes das vinícolas e conferir de perto todo o processo de produção dos vinhos. “A importância de realizar uma feira internacional na maior região produtora de vinhos do Brasil é que o mundo todo consegue conhecer ‘in loco’ toda a qualidade dos vinhos e espumantes que produzimos”, afirma Daniel Panizzi, vice-presidente da Consevitis-RS e CEO da vinícola Don Giovanni.
Além de conferir as novidades do setor vitivinícola e realizar negócios, o público da WSA contou com uma programação extensa de masterclasses, degustações e palestras, conduzidas em espaços distintos, que tiveram por objetivo fomentar o conhecimento qualificado.
O Wine Tasting – Espaço Masterclass contou com a curadoria da Associação Brasileira de Sommeliers do RS. A iniciativa contemplou diversas aulas com especialistas, que apresentaram conteúdos variados do mundo do vinho. Desde degustações harmonizadas até uma experiência com charutos, as masterclasses fizeram sucesso e estiveram lotadas. “Além da valorização da produção brasileira, que está sempre em nosso horizonte, trouxemos também vinhos internacionais e um pouco de história dessa bebida tão tradicional”, aponta Júlio César Kunz, presidente e professor da ABS-RS.
Em espaços próprios, algumas associações promoveram sessões de workshops e/ou degustações de rótulos das vinícolas associadas. Um dos mais caprichados e concorridos era o estande da Associação das Vinícolas de Altos Montes, que reúne vinícolas de Flores da Cunha e Nova Pádua. Lá, os visitantes puderam degustar os rótulos de Família Bebber, Vinhos Fabian, Viapiana, Mioranza, Família Ulian, Família Veadrigo, Cave de Angelina, dentre os vários produtores presentes.
Outro espaço dedicado a degustações guiadas foi organizado pela Vinitaly, a parceira internacional da WSA. No time de especialistas escalados para a condução das masterclasses sobre vinhos italianos, figuraram profissionais respeitados em todo o Brasil, como Manoel Beato, sommelier do conceituado Grupo Fasano, de SP.
Fomentando discussões para geração de conteúdo e compartilhamento de informações relevantes entre os profissionais do setor, foram organizados painéis que abordaram temas em alta no mercado. A programação do Wine Summit – espaço de palestras, que ocupou o palco principal da feira, contou com a curadoria do consultor de mercado Diego Bertolini e abordou temas como o marketing de influência e sua importância no mercado de vinhos, o panorama do mercado de janeiro a agosto de 2023, a ascensão das mulheres na indústria e, um dos assuntos mais polêmicos do momento, a inteligência artificial e seu impacto na indústria do vinho.
Com relação à experiência de compra com auxílio da IA, algumas vinícolas já estão, inclusive, investindo pesadamente na tecnologia. Neste quesito, o Grupo Famiglia Valduga, veterano da feira, foi um dos que largou na frente, introduzindo a sommelier virtual Val. Eduardo Valduga, diretor do Grupo, explica que Val é mais do que uma inteligência artificial: “Ela é como um novo membro da família”. Seu propósito é contribuir para a jornada do cliente, proporcionando uma experiência de compra humanizada, com curadoria personalizada e maior assertividade nas escolhas.
É, caro amigo enófilo, as máquinas também vão dominar o mundo do vinho!
Terroirs de todo o Brasil estiveram representados na WSA
A diversidade e excelência dos vinhos produzidos no Brasil estiveram em evidência durante esta edição da WSA. Inclusive, em relação ao posicionamento e ao tamanho dos estandes, os produtores brasileiros obtiveram o maior destaque.
A Serra Gaúcha, como sede e anfitriã do evento, contou com a presença de inúmeras marcas representativas. Muitas das empresas aproveitaram a oportunidade para fazer o lançamento de novos rótulos e inaugurar novos espaços de receptivo, com foco no enoturismo, um dos setores que mais crescem e que é considerado de fundamental importância para a consolidação do mercado de vinhos no Brasil.
A Amitiê Espumantes e Vinhos, empresa liderada pelas sócias Juciane Casagrande, enóloga, e Andreia Milan, sommelière e educadora, aproveitou a semana da feira para inaugurar suas novas instalações. O coquetel de inauguração contou com a presença de amigos, clientes e jornalistas das proprietárias, que comemoraram a conquista com o requinte de uma premiação hollywoodiana.
A Cooperativa Vinícola Garibaldi, por sua vez, apresentou sete produtos durante a feira, incluindo três vinhos e quatro espumantes. Maiquel Vignatti, gerente de Marketing da Garibaldi, destacou que a WSA foi uma oportunidade para fortalecer o lançamento de novos produtos, expandir os negócios, promover o potencial do enoturismo na região e reafirmar os valores que orientam o trabalho da cooperativa.
Outra forte presença na feira foi a turma da Campanha Gaúcha, situada na fronteira com a Argentina e o Uruguai. A região ganha cada vez mais destaque na indústria vitivinícola, surpreendendo constantemente pela qualidade dos seus vinhos. Oito das vinícolas que fazem parte da Associação Vinhos da Campanha Gaúcha, incluindo Batalha, Bodega Sossego, Campos de Cima, Dom Pedrito, Dunamis, Guatambu, Peruzzo e Pueblo Pampeiro, representaram, com orgulho e competência, a ascendente vitivinicultura da região.
Pedro Candelária, presidente da Associação, avaliou o evento como um sucesso para as vinícolas da Campanha. Para ele, a feira proporciona o ambiente ideal para a apresentação de seus melhores produtos, bem como para a interação pessoal com clientes, importadores, imprensa e fornecedores.
Santa Catarina também esteve presente e mostrou toda a sua força no mercado de vinhos através da participação de vinícolas de duas Associações: a Progoethe (que representa a I.P. Vales da Uva Goethe) e a Vinhos de Altitude. O crème de la crème da Serra Catarinense compareceu em peso: Serra do Sol, Vinhedos do Monte Agudo, Suzin, Leone Di Venezia, Villa Francioni, Vivalti, Thera, Altopiano, Pericó, dentre outros grandes nomes.
Outras regiões produtoras, de diferentes estados brasileiros, foram apresentadas aos clientes no estande Terroir Brasil, apoiado pelo Sebrae Nacional. Esta iniciativa reuniu 20 vinícolas, provenientes do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.
Para os produtores desses estados, a WSA é uma boa oportunidade para a expansão de sua rede de contatos para além de São Paulo, seu maior mercado consumidor. A maior aposta do grupo, é claro, é no crescente reconhecimento da qualidade do terroir de colheita de inverno, desenvolvido graças à técnica de dupla poda, implementada pelo agrônomo e enólogo consultor, Murillo de Albuquerque Regina.
Lançamento oficial da DO Altos de Pinto Bandeira
Os primeiros espumantes que ostentam o selo da Denominação de Origem (DO) Altos de Pinto Bandeira, conquista alcançada em novembro de 2022, estão, gradualmente, chegando ao mercado. Esta segunda DO do Brasil para produtos vinícolas (a primeira é a DO Vale dos Vinhedos) certifica a produção de espumantes de excelência na região e foi oficialmente lançada durante a WSA.
As vinícolas Aurora, Don Giovanni, Familia Geisse e Valmarino apresentaram seus produtos por meio de degustações guiadas, no espaço exclusivo da Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho). O charmoso estande ainda contou com um restaurante, que serviu pratos harmonizados com os espumantes para os clientes. As diversas experiências oferecidas proporcionaram aos compradores a oportunidade de degustar e apreciar a qualidade dos espumantes, além de adquirir conhecimento sobre os rigorosos critérios da DO Altos de Pinto Bandeira.
O selo atribuído à região impõe várias regras e determina critérios de exigências que devem ser observados pelos produtores, como por exemplo, as condições de cultivo das vinhas e as variedades permitidas (Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico), as etapas minuciosas do processo de produção (apenas por método tradicional) e do engarrafamento, dentre outras.
Produtores estreantes na WSA
A feira também é uma ótima vitrine para novos produtores de vinho ou para produtores que, por alguma política anterior da empresa, nunca haviam participado.
Este foi o caso da Chandon, a pioneira dentre as vinícolas brasileiras dedicadas exclusivamente à produção de espumantes e que está celebrando, em 2023, os seus 50 anos de Brasil. Localizada em Garibaldi, na Serra Gaúcha, a Casa Chandon Garibaldi, como agora será conhecida, está prestes a inaugurar uma nova fase de sua história.
Para outubro, a vinícola prepara um calendário especial de eventos e lançamentos para brindar esse meio século de contribuição para a indústria de espumantes.
Durante a WSA, a Casa inaugurou a temporada de lançamentos apresentando a Chandon Excellence Brut safra 2013.
Outra ação de comemoração das bodas envolve a reabertura da vinícola para os turistas, que poderão usufruir de uma experiência harmonizada na nova sala de degustação (um contêiner temático) com vista para os vinhedos, seguida de uma visita à boutique. A Casa Chandon reabrirá as portas, oficialemente, a partir do mês que vem.
Em tempo: participei da inauguração dessa experiência, junto a um grupo de profissionais e jornalistas, e posso garantir que está imperdível!
Dentre os estreantes da feira, faço uma menção especial à Madre Terra.
A vinícola, situada na Capela São João, em Flores da Cunha, pratica a agricultura regenerativa, que prega o respeito ao terroir e à sociobiodiversidade. Madre Terra é a força feminina, presente na natureza, que guia a filosofia da empresa, como nos contou Tainá Zaneti, proprietária e idealizadora do projeto.
“Este lugar é a fonte da vida. Honrando a sabedoria ancestral, contamos o tempo de afinamento dos vinhos e espumantes em luas, reconhecendo a importância astral para os ciclos terrenos”, ela explica. Sua linha VentreZ, por exemplo, celebra o ventre da Mãe Natureza, que gera, nutre e protege a vida. O VentreZ Gewürztraminer 2023 é um belo destaque do portfólio, com sua pura expressão do “feminino” terroir, assim como o Auraz Rosé Pinot Noir 2023, cuja garrafa lembra um vidro de perfume. Fique atento a esses rótulos, caro leitor.
Presença de produtores internacionais foi destaque da feira
A WSA contou com presença de produtores de vinhos de 20 países diferentes. Destacaram-se o estande coletivo da Argentina, apoiado pelo CFI e ProMendoza, e o do Chile, promovido pelo Prochile, que exibiu vinhos de pelo menos quatro regiões: Maipo, Ñuble, O’Higgins e Maule.
Cristóbal Herrera Gazale, diretor do Prochile, expressou a importância significativa da feira, especialmente para a diversificação e promoção de vinhos chilenos no mercado brasileiro, que está à procura de vinhos distintos. O saldo final da feira para os chilenos é de otimismo em relação aos negócios futuros e às relações, cada vez mais próximas, com os consumidores brasileiros.
O estande da Itália, promovido pelo ICE-ITA (Italian Trade Agency), foi um dos pontos altos da WSA, com sua programação repleta de atrativos. Gianni Bruno, diretor da Vinitaly, enfatizou o recorde de participação italiana este ano e atribuiu o sucesso à eficácia do ICE, que realizou um trabalho excepcional. Ele observou que empresas que participaram anteriormente e obtiveram sucesso retornaram, estimulando a participação de outras.
Pela primeira vez, estiveram presentes também expositores com o selo Vinhos de Pago, da Espanha, uma certificação reservada aos melhores vinhos de pequenas propriedades com histórico de alta qualidade.
Wine South America e você, o consumidor final
Como é de praxe nas nossas conversas, estou aqui tentando adivinhar qual seria a tua maior dúvida em relação à WSA. E tenho certeza de que a tua pergunta é mais ou menos esta: se é uma feira de negócios, voltada apenas para profissionais, o que isso tem a ver comigo? “Ana, o teu texto mudou a minha vida, só que não” (e dá-lhe um emoji dando de ombros ou algum outro gesto impublicável).
Pois eu te respondo: a não ser que você não seja um consumidor de vinhos, espumantes e suco de uva, a WSA tem tudo a ver com você. Cada vez que você estiver frente a uma gôndola de mercado repleta de garrafas ou abrir a carta de vinhos de um restaurante ou hotel (se for a do Copacabana Palace então, você pode ter certeza!), lembre-se que foram os negócios realizados numa feira como essa que definiram os rótulos que você tem à disposição.
E é exatamente por isso que o mercado de vinhos precisa de profissionais cada vez mais capacitados e bem-informados sobre as tendências e mudanças no setor. Da mesma forma que um cirurgião deve se manter por dentro de novos procedimentos cirúrgicos ou um advogado deve se manter atualizado sobre a legislação em vigor.
A qualidade e a procedência dos vinhos que chegam até a tua mesa devem ser atestadas por profissionais competentes e idôneos. Por consequência, mercados, lojas, restaurantes, bares, hotéis e afins devem investir na contratação dessa mão de obra qualificada.
Um profissional versátil será capaz de montar uma carta de vinhos que não se restrinja a argentinos e chilenos safra 2022. Não, nada contra os vinhos desses dois queridos países ou o ano citado, mas o mundo dos vinhos é bem maior (e mais longevo) do que isso. Mais ainda, um sommelier antenado pode te incentivar a se arriscar. Que tal se aventurar pelos vinhos brasileiros, por exemplo?
A evolução contínua e vertiginosa da vitivinicultura brasileira é uma realidade e, os mais conservadores que me perdoem, o vinho brasileiro veio para ficar e ocupar o lugar de destaque que merece. O mito de que a qualidade está restrita a rótulos internacionais e caros, felizmente, já caiu por terra. A WSA está aí para provar. E eu para comprovar. Nas minhas fotos, veja alguns que degustei por lá.
Falando nisso, a feira é imensa e dura apenas 3 dias. É humanamente impossível provar todos os rótulos disponíveis. Normalmente, os compradores já vão com foco em determinadas vinícolas e agendam previamente as suas reuniões, otimizando o tempo.
Por fim, faço um apelo a você, amigo leitor. Aliás, vários.
Fique atento à procedência dos rótulos que você consome. Desconfie das promoções “imperdíveis” e dos “contatinhos” do WhatsApp. Preste atenção no sommelier que realiza o serviço do vinho à mesa. Tire dúvidas com o profissional que te atende na loja. Seja curioso. Seja exigente!
Assim, os estabelecimentos terão que investir, cada vez mais, numa equipe capacitada para melhor te atender. E acima de tudo, eles terão que comprar sempre os melhores vinhos. Os de boa qualidade, com certeza, mas, especialmente, os que surpreendem e encantam.
É exatamente este o compromisso da WSA com você.
Saúde e até breve!