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Quem vive de passado é museu

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Já percebeu como o tempo anda apressado ultimamente? É tanta informação, tanto acontecimento, tantos compromissos, que o dia deveria ter umas 30 horas, como o Unibanco tinha, e o ano, pelo menos, uns 15 meses. Seria bom. E se o tempo anda acelerado para todo mundo, para quem trabalha com propaganda a coisa piora um pouco. É que a gente está sempre pensando alguns meses à frente. Enquanto todo mundo está tirando foto com o bom velhinho, a gente está pensando em ovos de páscoa. É desesperador. Nesse calendário de eventos, o ano voa. 2017 foi num piscar de olhos, mas aqui, ainda dá tempo de fazer uma retrospectiva, uma lista do que aconteceu de melhor no ano passado.

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Essa coisa de fazer lista é algo bem interessante que me faz lembrar de um ilustre senhor de Caxambu, capital do sul de Minas. Não se sabe bem quando começou com a mania, mas para tudo ele tinha uma lista de 10 tópicos. Os 10 melhores filmes, as 10 maiores bandas de rock, as 10 maiores guerras, novelas, cidades que visitou, pescarias e por aí vai. Levou tão a sério essa coisa de listar tudo, que aplicou isso na própria vida. Casou 10 vezes, teve 10 filhos, 10 empregos, 10 endereços e viveu insistentemente por 10 décadas. No seu leito de morte, ainda lúcido, se despedia triste de todos. Não pela vida listada que teve, mas pela realidade nua e crua: teria apenas uma morte.

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Em 2017, muitos fatos marcaram a propaganda no Brasil e no mundo. O case “Fearless Girl”, que faturou quatro Grand Prix em Cannes; o clipe da música Paradinha de Anitta, apoiado por Cheetos e Samsung; a polêmica do papel higiênico Vip da Personal, com a hashtag “black is beautiful”; Tony Ramos e Fátima Bernardes desistindo da carne que se mostrou fraca; a releitura que a Brastemp fez de uma das companhas de maior sucesso da história da publicidade brasileira; o filme “todo bebê é um bebê Johnson’s”; as latas de Coca-Cola com os dizeres “essa Coca-Cola é Fanta e daí?”; o reposicionamento da Skol; as estratégias da Doritos, que destinou 50% da sua verba para o meio digital; a volta da Nizan Guanaes para a DM9. Esses são apenas alguns momentos que merecem ser listados e, claro, revistos.

E em Juiz de Fora, o que merece ser lembrado? Para criar nossa lista de 2017, pedi aos publicitários de plantão, parceiros que dividem comigo essa luta diária pelo nosso mercado, que listassem cases bacanas de suas agências. Vamos a eles:

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A Faculdade que cabe no seu bolso, campanha para a Faculdade Flamingo de São Paulo; Diversão Tamanho Família – Novo Posicionamento do Santíssimo Resort – Tiradentes/MG e a Campanha de Incentivo com Oficinas Mecânicas Liderpeças – Juiz de Fora – foram os destaques escolhidos por Guilherme Leitão, de Buena Vista. Para Cavallini, da Griffin, o que valeu em 2017 foi o movimento interessante de empresas que experimentaram de forma intuitiva as redes sociais e, depois, procuraram a agência para refinar as estratégias. Para Carol Frossard, em 2017, a Kojio continuou atuando fortemente em sua especialidade, o branding, criando, por exemplo, a nova embalagem do creme de ricota dos Laticínios Marília, além de reformulações para clientes como Doces Souvenir, Margofran e Campo Bom Alimentos. Na Support, Marcelo Abrãao destaca a campanha de expectativa do novo hospital Unimed; a ação de live marketing para a Suprema durante o Festival Comida Di Buteco; e a atuação internacional da agência, produzindo filmes em Angola, para a Direção Responsabilidade Social, subsidiária da petrolífera Sonangol e para o Governo Angolano, com objetivo de fomentar o turismo de lá.

Na República, 2017, foi um ano de grandes conquistas. Faturamos nossos primeiros prêmios internacionais, uma menção honrosa para Gráfica América e um bronze para Mr. Tugas, no Wina, World Independent Advertising Awards, realizado em Santiago e Barcelona; com Mr. Tugas, tivemos Família de Inverno, Mrs. Tugas, nossa cerveja com girl power e, claro, o dia da Pizza, que fez o 10 de julho ser comemorado em toda a cidade. Nova identidade Maxi Pão, filme nota ANS para o Plasc e campanha Churrasqueira 30 anos completam minha lista. É… foi um bom ano. Mas como quem vive de passado é museu, melhor pensar em 2018 que já chegou frenético. Feliz Páscoa!

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Quer falar mais sobre propaganda ou ajudar a construir nossa coluna? Email para marcos@republicanet.com.br

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