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A metamorfose que nos move ou quem fica parado é saci de patinete

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Uma das coisas boas de dar aula é que estamos sempre em um processo de mudança e aprendizado. Muda o período, mudam os alunos, mudam alguns conceitos, mudam os autores. Nem todos, claro. Como diria Kadu, também professor do CES, publicitário e vascaíno, quando o assunto é marketing, somos old school, adoramos o Kotler e os 4P’s. E por falar em Kotler e em mudanças, já percebeu como as marcas estão mudando seu posicionamento num piscar de olhos? É só ver o que a Skol fez recentemente, quando abandonou sua comunicação machista e vem apostando em discursos humanizados e que apoiam questões importantes da sociedade, como o empoderamento feminino e o respeito à diversidade.

Para Kotler, marketing é um processo social. Não existe a mínima possibilidade de lançar um produto ou serviço sem estudar profundamente a sociedade em que será inserido. E se os valores, crenças, hábitos mudam, as marcas não podem permanecer enraizadas em suas práticas e discurso. Não dá para alcançar resultados diferentes fazendo tudo igual. Isso me faz lembrar de um amigo, de Caxambu, capital do sul de Minas, que nasceu às 7 horas, do dia 7, do mês 7, de 1977 e que apostou tudo que tinha, 7 mil reais, no cavalo da raia 7. Não deu outra: sétimo lugar. (história descaradamente roubada de Juca Chaves)

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Enfim, mudar é preciso, é fundamental, é lindo. O que seria da marca Havaianas se continuasse dizendo que não deforma, não solta as tiras e não dá cheiro? Com certeza não teria alcançado o status fashion que possui hoje. Vamos falar da Coca-Cola Brasil. Mudanças na sociedade, que busca produtos com menos açúcar, menos sódio, menos acidulantes, conservantes e outros antes, enfim, mais saudáveis, estão fazendo a gigante dos refrigerantes mudar. Em seu mais recente filme, bastante impulsionado nas redes sociais (veja aqui https://www.youtube.com/watch?v=7kVp290TEEU), a Coca-Cola afirma que está sempre inovando, que reduziu o açúcar em mais de 40 produtos, que criou novas categorias e embalagens. E finaliza dizendo: quando a sua sede muda, a gente inova. Hoje, Coca-Cola é água, suco, energético, isotônico, achocolatado e mais uma pancada de produtos. Não é à toa que sua missão é refrescar o mundo. Quando a sociedade muda, as marcas precisam mudar.

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E em Juiz de Fora, quais marcas estão mudando? Bahamas e suas novas lojas gourmet, verde e empório; o Colégio Stella Matutina, mais tecnológico e repaginado; a Churrasqueira aos 30 anos, com mudança de marca, cardápio novo, novos drinks; e o Mr. Pina, que foi totalmente transformado, são apenas alguns bons exemplos dessa metamorfose necessária para acompanhar os novos desejos e hábitos do juiz-forano. E como 2018 está batendo na porta, que tal encarar algumas mudanças para o novo ano? Sua concorrência mudou? Seu público mudou? Mudou o pensamento, o hábito de consumo? Mudou a percepção de qualidade? Tudo está mudando o tempo todo e cada vez mais rápido e sua marca não pode se entregar ao marasmo e à mesmice. Lembre-se: quem fica parado é saci de patinete.

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