As mulheres estão empreendendo tanto quanto os homens. Segundo pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2018, divulgada recentemente, 48% dos empreendedores iniciais são mulheres. Apesar do avanço delas no mundo dos negócios, alguns dados sobre empreendedorismo feminino são alarmantes e, por isso, merecem atenção. Por exemplo: as mulheres se dedicam 30% a menos a suas empresas em comparação com os homens. Entender esse dado é fundamental para o fortalecimento do empreendedorismo feminino e da economia. Para isso, proponho uma pequena revisão do passado.
Vamos voltar algumas décadas, mais precisamente aos anos 1950. Naquele período, eram ofertados apenas subempregos às mulheres e não tínhamos direito a uma carreira – e nem sequer ao divórcio. Muitas conquistas foram alcançadas desde então, mas a sociedade em geral ainda considera a mulher a principal responsável pela criação dos filhos, pelos cuidados familiares e serviços domésticos. E sofremos as consequências disso até hoje.
É importante que todos nós, homens e mulheres, saibamos que a equidade de gêneros não é apenas uma questão de feminismo, mas socioeconômica. Uma maior participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro traria um incremento de 3,3% ao PIB (dados do Banco Mundial, publicados em 2017).
O empreendedorismo feminino vai muito além de se ter mulheres à frente de um negócio. Ele promove a autonomia da mulher, contribui para o rompimento de barreiras sociais e é uma forma de garantir o sustento e a satisfação pessoal e de fazer a economia girar.