O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é um projeto com o objetivo de aprofundar, por meio de pesquisas anuais, a compreensão sobre a atividade empreendedora nos países e sua influência no desenvolvimento econômico e social. De acordo com relatório divulgado pela iniciativa em 2017, mais de 49 milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos estavam envolvidos na criação ou manutenção de um negócio, naquele ano.
É sabido que, de 2014 para cá, o cenário econômico fez aumentar o empreendedorismo por necessidade. Ou seja, um número maior de pessoas abriu uma empresa não por ter identificado uma oportunidade, mas, sim, por não conseguir se recolocar no mercado de trabalho e gerar renda. Há um risco inerente a este movimento, pois, na maioria das vezes, estes novos empreendedores não dispõem de planejamento mínimo para a abertura do novo negócio e não conhecem ferramentas básicas de gestão, estando, assim, despreparados para gerir uma empresa.
Para os profissionais que se encontram fora do mercado de trabalho formal e estão analisando a possibilidade de abrir um negócio – ou para aqueles que têm uma ideia, mas não sabem como colocá-la em prática – aí vão algumas dicas:
Encontre seu propósito: a primeira dica é empreender fazendo algo que você gosta e faz bem feito. Faça as seguintes reflexões: qual a minha habilidade? Tenho algum dom? O que eu gostaria de fazer? Se faz o que gosta, certamente se destacará dos demais. Muitos fizeram do seu hobby ou de sua paixão um negócio. O crescente mercado de cervejas artesanais, por exemplo, foi impulsionado por pessoas que são verdadeiros apreciadores da bebida. A maioria iniciou com uma pequena produção pessoal.
Valide sua ideia: algumas pessoas acabam validando sua ideia por acaso, como, por exemplo, uma mãe que faz a decoração da festa de aniversário do filho, é elogiada pelos convidados e chamada por outras mães para decorar as festinhas de seus pequenos. A partir daí, pode começar uma história de empreendedorismo.
Outro exemplo interessante é de um casal que, após assistir um programa de TV sobre tendências em decoração, decide decorar a varanda do apartamento com móveis de palet e, depois de muitas pesquisas em alguns sites, resolve produzir os móveis. Os amigos e familiares que frequentam a casa do casal são seus primeiros clientes e aí se inicia um novo negócio.
Não tenha medo de errar: toda trajetória de sucesso tem erros e acertos. O erro faz parte do aprendizado, mas é importante calcular os riscos. Até onde você pode ir? – é o que você deve perguntar a si mesmo. Além disso, tenha sempre um plano B em vista e ponha-o em prática, se for o caso.
Busque informações: é preciso conhecer o mercado e o valor do produto ou serviço que pretende oferecer. Tente entender o comportamento de clientes potenciais e, ao criar seu modelo de negócio, pense em preço, canais e estratégias de marketing. Com base nessas informações, revise suas hipóteses e reinicie o ciclo, se precisar, testando versões reformuladas e fazendo ajustes ou grandes mudanças.
Tudo o que o cliente quer é que você entregue uma solução para o problema dele. Portanto, é fundamental captar seus anseios em detalhes. Assim, você terá o melhor dos mundos para empreender.
Pense na experiência que você quer criar. O consumidor atual procura muito mais do que produtos de qualidade e preço justo. Em um mercado complexo e cheio de opções, o que torna um cliente fiel são os fatores emocionais e a memória afetiva.
Abrir um negócio não é um tiro certeiro. Não tem como prever se ele será um sucesso ou um fracasso. Por isso, faça o seu melhor!
