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Pomodoro

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Acabou. Respira. Para todo mundo que tem alguma consciência e juízo, o ano que se passou não há de ter sido fácil. Não vai faltar quem diga que a troca de calendários não tem efeito mágico. 

De fato, não vamos, só porque 2021 chegou, passar a ter um presidente em qualquer acepção concebível do termo. Tampouco acordaremos com manchetes anunciando a imunização mundial e o fim absoluto da pandemia. Não saímos do vermelho com os fogos da virada, e nem os sistemas de saúde deixarão a beira do colapso em que se encontram. Nada vai mudar só porque é 2021.

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Mas o que ganhamos sendo pessimistas? (Registrem essa indagação porque não sou de distribuir positividade a torto e a direito)

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Na natação e na vida, aprendi que precisamos vir à superfície por uns instantes para encher os pulmões de ar e voltar ao mergulho. No trabalho, costumo ser teimosa e insistir muitas vezes em seguir na atividade “para acabar mais rápido e de vez”. Só para ficar exausta e cair no clichê que acontece quando a gente não obedece ao chamado da fadiga: “deu um bloqueio aqui”.

Embora nunca o tenha testado de verdade, diz-se que o chamado método Pomodoro, de se trabalhar em ciclos de 25 minutos intercalados por cinco de descanso, é eficientíssimo. Faz sentido. Às vezes, a gente só precisa parar um pouquinho para seguir em frente. Tomar uma água, ouvir uma música, arejar a cabeça. Dali a pouco a gente segue na labuta.

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Estou fazendo minha pausa no desalento, nas maledicências ao governo, na incredulidade na possibilidade de ver a proverbial luz no fim do túnel. Sei que em breve terei que retomá-los. Mas por ora, fico com o respiro otimista. Feliz Ano Novo!

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