Muitos alimentos estão caros devido aos fatores climáticos (o setor agropecuário foi impactado pelo efeito La Niña, aliado a geadas e excessos de chuvas), aumento de preço dos combustíveis e das commodities e a desvalorização cambial ( a desvalorização do real em relação ao dólar, incentiva a exportação, levando a uma redução dos produtos do mercado interno, causando um aumento dos preços).
O que fazer?
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do planeta e também um dos campeões de desperdício. Cerca de 1/3 do que se produz se perde na colheita, no transporte e armazenamento, na indústria de processamento, no varejo, no processamento culinário e nos hábitos alimentares. Por isso, a primeira ação que devemos tomar é evitar o desperdício. Cozinhar apenas a quantidade necessária para o consumo, evitando as sobras e, quando houver, reaproveitar os restos dos alimentos, como por exemplo, sobrou feijão, faça um tutu no dia seguinte.
É preciso criar uma rotina e fazer um planejamento das compras. Pesquise e compare os preços. Aproveite as promoções dos mercados. Troque os produtos de marca pelos a granel e lembre-se que o fato de se ter marca não é garantia de qualidade. Muitas vezes grãos e cereais a granel costumam ser mais baratos e tendem a ser mais naturais do que os produtos de marca. Vá às feiras livres, que geralmente tem produtos mais frescos e mais baratos do que os de mercado, sem contar na variedade de produtos. O horário da xepa, então, é o ideal para encontrar produtos mais baratos e mais fáceis de se negociar. Além disso, muitas feiras já vendem produtos orgânicos, sem agrotóxicos e muito nutritivos.
Respeite as sazonalidades dos alimentos, optando pelos alimentos da estação. Compre frutas, legumes e pescados típicos de cada estação. Eles são mais baratos, mais saudáveis e mais saborosos. Evite o óleo de cozinha, use a banha de porco, que além de mais saudável garante mais sabor ao alimento e seja criativo, variando o cardápio; dê sabor aos alimentos usando especiarias, que além de serem baratas e saudáveis, você pode plantar em um pequeno espaço dentro de casa, como a hortelã, o manjericão, o alecrim, a salsa, a cebolinha, o orégano e o tomilho.
Já aquelas pessoas que têm mais espaço em casa podem criar uma horta e plantar alface, espinafre, tomate cereja, cenoura, pepino e o que é melhor, tudo sem agrotóxico.
Outra dica é aproveitar as cascas, sementes e folhas, que são retiradas das frutas, legumes e verduras. Muitas vezes essa é a parte mais rica do alimento. A uva tem uma substância chamada resveratrol – um poderoso antioxidante – e 75% do resveratrol está na casca e nas sementes. Então, devemos aproveitar as cascas, os talos, a folhas e as sementes, que são ricos em nutrientes, como vitaminas e minerais.