Estima-se que de 20 a 25% da população adulta apresenta essa condição devido ao aumento da obesidade e a tendência é que esse quadro só aumente. Nos EUA, por exemplo, mais de 40% das pessoas acima de 50 anos apresentam a síndrome metabólica. Ela é mais comum em homens e em mulheres menopausadas, nas adolescentes e até crianças são acometidos.
A síndrome metabólica está ligada diretamente à obesidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que a medida da circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres já aumenta o risco de doenças cardíacas. Mas, no caso da síndrome metabólica, a circunferência abdominal acima de 120 cm em homens e 88 cm em mulheres associado a, pelo menos, dois outros fatores de risco já vai caracterizar síndrome metabólica.
Quais são os fatores de risco?
Glicose em jejum igual ou acima de 100 mg/dL
Pressão arterial acima de 135 por 80 mmHg
Triglicérides acima de 150mg/dL;
HDL (chamado colesterol bom, baixo – nos homens abaixo de 40 mg/dL e nas mulheres, abaixo de 50 mg/dL).
É importante destacar que a síndrome metabólica é uma doença que está ligada ao estilo de vida atual, causada pelo sedentarismo e pela má alimentação, que vai levar a um quadro de obesidade. Além disso, nós temos fatores que vão estimular a doença, como a genética, o envelhecimento, a menopausa, o estresse, a má qualidade do sono e também os usos de alguns medicamentos que podem aumentar a pressão arterial, a glicose, o colesterol e favorecer o ganho de peso, como é o caso de remédios para alergia, alguns remédios para tratar de doenças inflamatórias, HIV e problemas psiquiátricos.
Além das doenças cardíacas, AVC e do diabetes, a síndrome metabólica pode causar outras complicações, como esteatose hepática (gordura no fígado), gota, doença renal crônica, apneia do sono, a síndrome do ovário policístico (em mulheres) e a disfunção erétil (nos homens).
O tratamento, basicamente, é a mudança do estilo de vida, fazendo dieta e atividade física.