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Estudo mostra que o uso de medicação para azia pode aumentar o risco de desenvolver demência

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Segundo pesquisa publicada na revista Neurology o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons (IBPs), medicamentos para tratar azia (pirose) causada por refluxo gastroesofágico e outros distúrbios do aparelho gastrointestinal, pode estar associado ao maior risco de desenvolver demência. Foram examinados 5700 participantes com idade média de 75 anos e observou-se que os pacientes que tomaram essa medicação por cerca de 4,4 anos tiveram um risco 33% maior de desenvolver demência quando comparados aos pacientes que não faziam uso desse tipo de medicação. Foi identificada a deficiência da vitamina B12 e a dificuldade no metabolismo da proteína amiloide, que está relacionada com Alzheimer, como possíveis relações entre o uso dessa medicação e a demência.

Demência é quando ocorre perda da função cerebral causando problemas cognitivos (processo de aquisição de conhecimentos), problemas de memória, atenção, raciocínio, capacidade de fazer planejamento, problemas de linguagem, comportamento e até da habilidade de se cuidar. Importante lembrar que demência é uma doença, ou melhor, uma síndrome e não parte do envelhecimento normal e que além de comprometer a qualidade de vida de quem é afetado, causa muito sofrimento para quem convive com ela.

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Alzheimer é a forma mais comum de demência (50 a 70% dos casos). É uma doença autoimune que afeta o cérebro. Foi descrito pela primeira vez em 1906, pelo neurologista alemão Alois Alzheimer. É uma doença degenerativa, progressiva e irreversível, que vai se agravando ao longo do tempo, causando danos ao cérebro que já não consegue funcionar corretamente. Como ela se manifesta lentamente, geralmente com perda da memória recente, acaba sendo confundida com stress ou mesmo com o processo de envelhecimento. Quando diagnosticada no início é possível retardar a evolução e melhorar a qualidade de vida do paciente. Estima-se que no Brasil existam 1,2 milhão de pessoas acometidas pela doença e no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas. E dia 21/09, foi celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer.

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Azia é um sintoma relativamente comum causado por alguma alteração digestiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É uma sensação de desconforto ou queimação que sobe da boca do estômago até a garganta, geralmente acompanhada de gosto ácido ou amargo na boca e por vezes com dores de intensidade variada (de leve até muito forte). As doenças que podem causar azia são: gastrite, esofagite, úlcera pérdica, hérnia de hiato, refluxo gastroesofágico, câncer de estômago ou de esôfago. Outras causas de azia seriam gravidez, idade avançada e estilo de vida. Por exemplo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o fumo, uso de medicamentos (como anti-inflamatórios e outros para tratar depressão, osteoporose, hipertensão arterial e quimioterápicos), obesidade e a alimentação de modo geral (consumir grandes volumes uma só vez). Além disso, o consumo de alimentos gordurosos e frituras em geral, refrigerantes e outras bebidas gaseificadas, adoçantes artificiais, chocolate (principalmente o branco), pimenta e temperos industrializados, molhos (mostarda, ketchup, maionese, molho de tomate), alho e cebola crua, alimentos com glúten e alimentos processados e ultraprocessados.

Para tratar a azia é importante fazer uma mudança no estilo de vida. Parar de fumar, não abusar de bebidas alcoólicas, se estiver acima do peso precisa emagrecer, evitar refeições volumosas, principalmente à noite (fracionar durante o dia), mastigar bem os alimentos, evitar roupas e cintos apertados, tentar gerenciar o estresse e fazer atividade física regularmente. Fazer uso de frutas (banana, melancia, melão, maçã, pera, mamão), verduras (couve, couve-flor, brócolis, manjericão, hortelã), legumes (abóbora, aspargos, pepino, cenoura, beterraba), arroz integral, aveia, ovos, carnes magras (frango, peixe, boi), gengibre, água de coco e vinagre de maçã. E para quem gosta de chá pode usar chá de boldo, erva-doce, camomila, gengibre, espinheira santa ou funcho.

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