Nossos ancestrais se alimentavam com produtos retirados diretamente da terra, da vegetação em geral e também da carne proveniente da caça.
Durante o nomadismo, a humanidade dependia de encontrar alimentos em quantidade suficiente para o grupo de forma mais regular possível, mas como não havia agricultura e a caça nem sempre era possível, imagina-se o quão difícil era a sobrevivência.
Alimentação e a revolução humana
A primeira grande revolução humana, no sentido de produzir, foi a agricultura. A agricultura transformou o homem nômade em sedentário, fixou o grupo numa localidade e a produção de alimentos passou a ser mais regular. O Ser Humano evoluiu e iniciou uma nova fase de existência, passou a se especializar no cultivo de determinado alimento, estocá-lo e gerar excedentes, que serviram para realizar as primeiras trocas e alavancar o comércio entre as comunidades.
A partir daí a humanidade abriu mão de uma série de coisas em função de uma determinada segurança alimentar. A diversidade foi reduzida, foram desenvolvidas técnicas de produção, armazenagem e preparo final dos alimentos.
De uma forma intuitiva ou não, iniciamos a seleção genética dos alimentos, visto que as melhores sementes e/ou grãos eram separados para a próxima safra, e não eram consumidos, assim começamos a modificar os alimentos e nunca mais paramos; os resultados para a saúde nem sempre são os melhores.
Com o decorrer do tempo, domesticamos várias espécies de animais e nos tornamos agricultores/pastores.
O resultado desse processo inicialmente foi a maior oferta de alimentos, o aumento da população e o surgimento das primeiras epidemias. Pela segurança de ter alimentos disponíveis abrimos mão inicialmente da diversidade dos mesmos e aglomeramos as pessoas em menores espaços, com o tempo isso se revelou não ser tão benéfico para a nossa saúde. ·.
Nosso organismo consegue armazenar energia, na forma de glicogênio e gordura. Quando nossos antepassados não tinham garantia de alimentos diariamente isso poderia garantir a sobrevivência, mas numa sociedade abarrotada de alimentos industrializados com altos teores de açúcares e gorduras, e ainda com vários aditivos químicos, podemos imaginar o resultado no ganho de peso e aumento da obesidade na média da população.
Alimentação e Hábitos alimentares
Uma série de hábitos ditos modernos também contribuiu para piorar a situação, tais como: “pular refeições”; fast-food; se alimentar literalmente na correria; seguir modismos; automedicação; sedentarismo e não seguir uma dieta adequada para cada caso.
O resultado é que a obesidade se tornou uma epidemia atualmente, e os malefícios podem ser observados de diversas formas. Aumento de doenças cardíacas, diabetes, dificuldade de locomoção, problemas de autoestima, diminuição da expectativa de vida e, portanto, queda na qualidade de vida.
Os custos sociais e econômicos são muitos altos e tendem a aumentar nos próximos anos. Já estamos encarando uma onda de obesidade infantil. Péssima notícia para toda a sociedade.
As descobertas e invenções proporcionaram muitos avanços para a Sociedade, conseguimos obter bons resultados em diversas situações, porém abrimos mão de hábitos saudáveis, redefinimos prioridades e agora precisamos refletir sobre perdas e ganhos. Até por que mudar sem refletir pode ser pior ainda.