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Um em cada 3 brasileiros tem problemas com sono, ansiedade e alimentação

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Pesquisa mostra que um terço dos brasileiros tem problema com sono, ansiedade e alimentação. Essa pesquisa foi realizada pela Datafolha com 2.534 pessoas acima de dezesseis anos, entre os dias 31/07 a 07/08/2023.

O que é distúrbio do sono? Pesquisa do Ministério da Saúde de 2020, mostrou que quase 42% dos brasileiros sofrem com distúrbio do sono. Distúrbio do sono é uma alteração na capacidade de dormir adequadamente. Está ligada a vários aspectos como horário, início e continuidade, duração e qualidade. Mesmo quando dorme, a pessoa não se sente recuperada, continua cansada. Os distúrbios do sono mais comuns são:

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– Apneia obstrutiva do sono: apneia significa parada de respiração. É um distúrbio em que ocorre paradas momentâneas e repetidas da respiração durante o sono, causada pela obstrução das vias respiratórias.

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– Paralisia do sono: incapacidade de se mover ou falar por um breve período (geralmente um a dois minutos), logo após acordar.

– Sonambulismo: distúrbio que provoca comportamento inadequado durante o sono, como andar e falar.

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– Bruxismo: desordem que se caracteriza pelo ato de apertar ou ranger os dentes durante o sono.

– Narcolepsia: distúrbio crônico que causa excesso de sono durante o dia, com episódios de sono incontroláveis, fazendo a pessoa dormir em qualquer lugar durante o dia.

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– Síndrome das pernas inquietas: desordem neurológica associada a uma vontade incontrolável de movimentar as pernas.

– Insônia: dificuldade para dormir ou conseguir manter um sono continuo sem ser interrompido durante a noite. Os principais tipos de insônia são:

– Insônia inicial: a pessoa demora a pegar no sono, tem dificuldade para adormecer.

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– Insônia intermediária ou de manutenção: a pessoa pega logo no sono, mas acorda durante a noite, tem despertares noturnos (o chamado sono leve).

– Insônia terminal ou tardia: a pessoa dorme, mas acorda antes do horário e não consegue voltar a dormir.

E quando não dormimos adequadamente ocorre:

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-Enfraquecimento do no nosso sistema imunológico, aumentando o acometimento de várias doenças.

– Aumenta a resistência insulínica, favorecendo o aparecimento de diabetes.

– Aumenta a pressão arterial, o risco de acidente vascular cerebral, de doenças cardiovasculares.

– Aumenta o risco de câncer de mama e de depressão.

– Diminui a memória, o aprendizado e a concentração, aumenta a irritabilidade, o stress, a fadiga.

– Favorece o envelhecimento precoce.

– Diminui a produção do GH, hormônio importante para o crescimento, e na fase adulta, importante para manutenção do tônus muscular, para o desempenho físico e para evitar o acúmulo de gordura.

– Ocorre uma diminuição da leptina (hormônio da saciedade) e aumento da grelina (hormônio da fome) favorecendo o aparecimento de obesidade.

– Diminuição do desempenho sexual.

Para ter uma boa noite de sono, temos que usar alimentos ricos em triptofano (aminoácido precursor da serotonina, que é um neurotransmissor responsável pelo relaxamento): nozes, banana, peixe, aveia, coxa de

 

 

 

peru, ovos, castanhas, linhaça, tofu, semente de abóbora, alface e alimentos que estimulam a produção de melatonina (hormônio do sono), casca de uva, banana, abacaxi, grão-de-bico, cereja, kiwi, morango e cogumelos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde o Brasil é o país mais ansioso do mundo, acometendo mais de 18 milhões de brasileiros. Ansiedade é uma reação natural, normal do organismo e está ligada a preocupação e o medo. É um mecanismo do cérebro para nos alertar, que nos prepara para lidar com situações difíceis ou ameaçadoras. A ansiedade começa a ser patológica quando se torna uma reação exagerada em relação ao estímulo, prejudicando a qualidade de vida e atrapalhando a vida pessoal, profissional e social da pessoa. Os principais sintomas de ansiedade são: irritabilidade, insônia, tensão muscular, problemas digestivos (náuseas e vômitos), tonteira, desmaio, falta de ar, palpitação, dor no peito, sensação de cansaço e fraqueza, aumento da sudorese, tremores, alteração do apetite (podendo desencadear compulsão alimentar).

Estudos mostram que o desequilíbrio da microbiota intestinal pode estar relacionado com a ansiedade, então é importante fazer uso de alimentos probióticos (kefir, kombuchá, chucrute), prebióticos (frutas, legumes, cereais integrais) e também alimentos ricos em magnésio (banana, abacate, aveia, semente de abóbora, linhaça, gergelim, castanha do Pará, chocolate amargo), em ômega 3 (sardinha, atum, salmão, chia) e alimentos ricos em triptofano (nozes, ovos, coxa de peru). Deve-se evitar os alimentos com açúcar e os doces em geral, refrigerantes, sucos industrializados, bebidas alcoólicas e os carboidratos refinados (biscoitos, bolos, pão branco, alimentos empanados e a pizza).

E por último, mas não menos importante vamos falar sobre o distúrbio alimentar, que se caracteriza por hábitos alimentares inadequados e sofrimento ou preocupação excessiva com o peso ou a aparência. Os principais transtornos alimentares são: anorexia nervosa, bulimia, compulsão alimentar, ortorexia e vigorexia.

– Anorexia nervosa: anorexia significa falta de apetite, mas na anorexia nervosa não existe necessariamente uma perda de apetite, mas uma restrição forçada da ingestão alimentar. A pessoa sente fome, mas não se permite saciar essa fome e isso leva a um emagrecimento acentuado podendo chegar a caquexia. Existe uma distorção da imagem corporal, ou seja, a pessoa se sente gorda mesmo estando muito abaixo do peso.

– Bulimia: caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos em um curto espaço de tempo, seguido de um comportamento compensatório inadequado como uso de laxantes ou diuréticos, indução de vômitos ou exercícios físicos excessivos. Geralmente ela vem acompanhada por sentimento de culpa após comer.

– Compulsão alimentar: se caracteriza por episódios de comer grandes quantidades de comida em intervalos curtos de tempo, alguns chegam a ingerir até quinze mil calorias em poucos minutos. Existe uma sensação de perda de controle sobre o ato de comer e em seguida um arrependimento de ter comido, mas não existe nenhuma tentativa de eliminar esses alimentos como a indução de vômito ou uso de remédio.

E qual o tratamento para esses distúrbios? O acompanhamento psicoterápico é importante e além disso tem que fazer uma orientação nutricional e uma atividade física regular.

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