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Estudo mostra que açúcar natural das frutas está contribuindo para o aumento de obesidade e outras doenças

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Estudo mostra que um açúcar natural das frutas está contribuindo para o aumento da obesidade e de outras doenças. Esse açúcar é a frutose, um açúcar natural extraído das frutas e do milho. É cerca de 30 vezes mais doce que o açúcar comum.

No início dos anos 60 pesquisadores descobriram que o xarope de milho adoçava mais que o açúcar vindo da cana e da beterraba e tinha um custo mais baixo, e começaram a usá-lo na composição de refrigerantes, sucos, molhos prontos, bolos e outros alimentos processados. Coincidentemente, nesse período, começa-se a observar um aumento de peso na população. A maioria dos alimentos industrializados são adoçados com este xarope de milho que tem teor de frutose mais elevado que o das frutas.

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Segundo o estudo publicado na revista Philosophical Transactions, a frutose danifica as mitocôndrias que tem como função produzir energia levando a uma diminuição da energia ativa. A frutose reduz o metabolismo energético basal e estimula a ingestão de alimentos levando ao ganho de peso, a hipertensão arterial, a diabetes e a esteatose hepática. A esteatose hepática é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de doença gordurosa do fígado. É uma das doenças que mais cresce no mundo. Estima-se que 40% dos adultos que moram no ocidente e cerca de 10% das crianças. Geralmente a esteatose hepática não apresenta sintomas, principalmente nos casos leves. Nos casos intermediários pode apresentar uma dor ou distensão abdominal, aumento do tamanho do fígado, cefaleia, diminuição do apetite, levando a um quadro de emagrecimento, fraqueza e cansaço. E na fase mais avançada pode ocorrer aumento do volume abdominal com acúmulo de líquido no abdômen; diminuição das plaquetas causando tendência a sangramentos; náuseas e vômitos, pele e olhos amarelados (icterícia); queda de pelos e cabelos; fezes sem cor, edema de membros inferiores; aranhas vasculares; alteração do sono e até confusão mental.

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Ainda segundo o estudo a frutose pode levar ao desenvolvimento de diabetes, que é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento de glicose no sangue, devido à falta ou incapacidade da insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas, em exercer a sua função, que é de transportar a glicose do sangue para o interior das células para ser usada como fonte de energia. E diabetes já é considerado pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia. Existem 422 bilhões de pessoas no mundo com diabetes e segundo a Federação Internacional de Diabetes até 2030 serão 643 milhões de diabéticos.

Lembrando que o alto consumo de frutose não está associada a ingestão de frutas. As frutas contêm uma quantidade bem inferior de frutose e são ricas em fibras, o que ajuda no controle da glicose no sangue.

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A frutose está ligada ao desenvolvimento da obesidade porque além de estimular a ingestão de alimentos e reduzir o metabolismo energético em repouso, armazenando combustível como se fossemos hibernar, tem uma pesquisa publicada na revista científica Nature, mostrando que a frutose pode alterar as vilosidades do intestino delgado, deixando-as as mais longas, favorecendo a absorção de nutrientes, o acúmulo de gordura abdominal e o ganho de peso. A obesidade é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, considerada um problema de saúde pública que atinge um alto número de pessoas e é fator de risco para várias outras doenças como diabetes, esteatose hepática, hipertensão arterial, doenças vasculares e até mesmo câncer.

A alimentação mudou muito nos últimos anos, mas nosso organismo não acompanhou essas mudanças e pagamos um alto preço por isso. A partir do momento que a mulher saiu de casa para trabalhar, a indústria alimentícia cresceu e ocupou esse espaço. Hoje não queremos “perder” tempo cozinhando quando é muito mais fácil comprar uma comida quase pronta, por um preço barato e muitas vezes até saborosa. Temos que lembrar que o compromisso da indústria alimentícia não é com saúde, é com sabor e praticidade. Então será que vale a pena continuarmos pagando esse alto preço ou já está na hora de começarmos a investir nosso tempo preparando nosso próprio alimento. E aquela velha história: Quem não investe tempo cuidando da saúde vai perder tempo tratando doença!

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