O zinco é um mineral fundamental para a boa saúde do organismo. Ele possibilita várias reações químicas e está presente em mais de 300 enzimas. Além da sua ação antioxidante e anti-inflamatória, é essencial para a imunidade e o equilíbrio hormonal.
O zinco não é produzido pelo organismo, precisa ser ingerido através da alimentação e/ou suplementação. As melhores fontes alimentares são as ostras, mariscos, carnes vermelhas, fígado, miúdos e ovos, mas ele está presente também nas nozes, amêndoas, castanhas, sementes de abóbora, linhaça e grão de bico.
O zinco possui várias ações do organismo. Melhora a imunidade e diminui o risco de infeções (principalmente em idosos), estimula o crescimento em crianças, diminui o stress oxidativo (diminui o risco de inflamação). Tem ação antioxidante (previne o envelhecimento precoce), ajuda na cicatrização de feridas, no tratamento de acne, estimula a tireoide, previne o diabetes tipo 2 (melhora a sensibilidade à insulina), ajuda no tratamento da depressão, melhora absorção de vitamina A, previne queda de cabelos, melhora o desenvolvimento cognitivo (principalmente em crianças).
A carência de zinco pode causar alteração no paladar e no olfato, diminuição do apetite (anorexia), aumento de enfermidades infecciosas, deixa os cabelos fracos, quebradiço e com queda, as unhas ficam fracas e esbranquiçadas, favorece o aparecimento de dermatites, demora na cicatrização de feridas, comprometimento da capacidade cognitiva (diminui memória, concentração e aprendizado). A deficiência em grávidas, pode causar baixo peso do bebê ao nascer. E além de tudo isso, diminui o desejo sexual em mulheres e pode causar impotência em homens.
A deficiência do zinco no organismo pode ser causada por uma dieta deficiente em alimentos ricos em zinco e também devido ao envelhecimento, alcoolismo, veganos e vegetarianos devido à restrição alimentar, em pacientes com doença renal crônica ou problemas hepáticos, durante a gravidez, pessoas que fazem uso regular de anti-inflamatórios, pacientes que fizeram cirurgia bariátrica, atletas (ocorre um aumento da eliminação de zinco pelo suor e pela urina) e pessoas com doenças inflamatórias do intestino (como a doença de Crohn e a síndrome do intestino irritável).
É importante lembrar que o zinco, além de acelerar o metabolismo, estimula a queima de gorduras, favorecendo o crescimento muscular, então, além de ajudar a emagrecer, ele é um ótimo suplemento para atletas.
O excesso de zinco não ocorre só com a dieta, geralmente é quando a suplementação é excessiva e esse excesso pode causar fadiga, dores no estômago, náuseas, vômitos, diarreia, pode levar a uma diminuição da absorção de cobre e de ferro. Para diagnosticar o excesso temos que dosar o zinco no sangue ou na urina.
A necessidade diária de zinco varia de acordo com o sexo, idade e o estilo de vida. Segundo a OMS (organização Mundial da Saúde), um terço da população mundial apresenta deficiência de zinco, por isso é importante fazer a suplementação desse mineral, mas sempre com orientação médica. Alguns cuidados devem ser lembrados, ele pode ter a absorção prejudicada por alguns alimentos, então evitar o uso de zinco após refeições com carne, leite e derivados pois o cálcio e o ferro podem dificultar a sua absorção.