Boa parte da população mundial vive em áreas urbanas densas. Nossos ouvidos, desde o principio dos tempos, tem como uma de suas funções nos alertar sobre o perigo que se aproxima. Apesar das ameaças de hoje serem diferentes do que eram no passado, a audição permanece com a mesma função. Com isso, a constância de sons indesejados pode ter efeitos graves, não só nossa apreciação, mas também na produtividade, capacidade de aprender, sono, conforto e bem-estar. Com essa lista de efeitos colaterais, seria um contrassenso desprezar o conforto acústico de nossos espaços.
Espaços comerciais desagradavelmente barulhentos são suficientes para manter os clientes distantes. Numa reunião de trabalho, ou mesmo na saída com amigos, estamos em busca de um local onde possamos nos concentrar e ouvir um ao outro. Em nossas residências, durante o sono, nosso ouvido transmite e detecta o som, respectivamente. Quanto mais barulhento fica nosso mundo, mais difícil é nos concentramos nos sons que realmente queremos ouvir.
Ruídos externos, internos, de impacto e de equipamentos são transmitidos através do ar ou da textura da edificação. A maneira que o ouvido humano percebe o som depende diretamente dos níveis de reverberação e absorção dentro do edifício. Visto isso, a qualidade acústica interna depende de como essas fontes de som são controladas e, para isso, é fundamental considerar as necessidades dos ocupantes, fatores externos e arquitetônicos, para o conforto acústico no projeto, tais como: hábitos culturais, tipos de ruído, sistemas de construção e materiais.
Cada tipologia na arquitetura terá seus próprios requisitos acústicos e é por isso que os arquitetos não podem projetar um edifício confortável e sustentável sem as análises anteriores. Uma vez conhecidas essas necessidades, é hora de selecionar os materiais e acabamentos para otimizar o desempenho acústico. Existe uma grande variedade de materiais tecnologicamente avançados disponíveis que favorecem a acústica, tais como painéis acústicos de parede e forro que são uma excelente maneira de reduzir os reflexos sonoros, vidros que integram uma camada intermediária de filme para diminuir a transmissão de som, sem sacrificar a transparência, além da aplicação correta do selante à prova de som, que evita que ruídos indesejados escapem de um cômodo através de falhas mínimas e rachaduras. Soma-se a isso, painéis e pisos de madeiras, cortinas, tapetes, carpetes, papeis de parede, vegetação.
Sendo assim, quando os arquitetos têm a consciência do conforto acústico, o resultado final pode fazer muito a diferença.
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