PMDB de Minas teme intervenção

Por Paulo Cesar Magella

Risco de intervenção

A menos de um ano das eleições nacionais, o PMDB de Minas ainda não sabe que caminho seguir. Parceiro do Partido dos Trabalhadores em 2014, quando indicou o empresário Toninho Andrade para vice de Fernando Pimentel, o partido ainda não sabe se vai repetir a aliança. Andrade rompeu com o governador enquanto o atual presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, atua para manutenção do acordo. Mas há temor de a direção nacional adotar algum tipo de intervenção no estado e exigir a candidatura própria, que se apresentaria por meio do deputado Rodrigo Pacheco, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, e que conta com a simpatia do presidente Michel Temer.

De cima para baixo

O deputado Adalclever Lopes, acompanhado dos deputados João Magalhães, Saraiva Felipe e Newton Cardoso Júnior, visitou o senador Romero Jucá para tirar dúvidas. De acordo com a colunista Amália Goulart, do jornal “Hoje em Dia”, de Belo Horizonte, a conversa girou em torno do temor de uma decisão de cima para baixo a favor do grupo liderado por Toninho Andrade. Caso isso ocorra, a aliança com Pimentel estará comprometida. Jucá não teria antecipado qualquer decisão.

Chance de disputa

Mas em Juiz de Fora, onde tudo parecia caminhar para uma chapa única na eleição da Executiva municipal, no dia 18 de novembro, ocorreu uma surpreendente inflexão. O ex-vereador Julio Gasparette, em reunião com o prefeito Bruno Siqueira, anunciou sua intenção de discutir a possibilidade de uma chapa de consenso, com novos membros – ele próprio e o ex-prefeito João César Novais – em vice-presidências. A proposta ainda não foi discutida, mas, se não houver acordo, haverá disputa de chapas.

Bruno é consenso

O único ponto em comum numa eventual disputa é que as duas chapas apoiam o prefeito Bruno Siqueira para qualquer projeto político que ele queira investir em 2018. No último encontro regional, em Juiz de Fora, com a presença da cúpula estadual, ficou claro que o PMDB de Juiz de Fora irá acompanhá-lo sem qualquer restrição. O prefeito, porém, ainda não definiu se tentará o Senado – como querem até assessores diretos -, a Câmara Federal ou se conclui o mandato em 31 de dezembro de 2020.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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