Minas Gerais e o Ranking Connected Smart Cities

Por Fernando Perobelli, Gabriel Barbosa, Leandro Venâncio, Joyce Guimarães, João Pio e Ramon Goulart

Apontarmos uma região que a princípio nos pareça desenvolvida pode não ser difícil, no entanto, encontrar os principais responsáveis por esse desenvolvimento é algo mais complexo. Com o objetivo de determinar tais fatores, a Urban Systems, em parceria com a Sator, desenvolveu o Ranking Connected Smart Cities que visa apresentar as cidades brasileiras com maior potencial de desenvolvimento municipal. O Ranking se dá por meio de 70 variáveis que captam informações dos municípios (como iluminação pública, infraestrutura de mobilidade urbana, criminalidade, características socioeconômicas, etc.). Tais variáveis, por sua vez, formam 11 índices que compõem o indicador final, que mede os níveis de inteligência, conexão e sustentabilidade dos municípios relacionados.

No que diz respeito à Minas Gerais, 11 municípios figuram dentre as cem cidades mais inteligentes, conforme indica o Ranking. Os índices que mais contaram com a participação de municípios mineiros foram os de Saúde, Urbanismo, Meio Ambiente e Educação, enquanto que os que mostraram piores classificações foram os de Mobilidade e Acessibilidade, Segurança, Governança e Economia. Os municípios que ficaram entre as 50 melhores cidades foram Belo Horizonte (4ª), Juiz de Fora (24ª), Uberlândia (28ª) e Uberaba (33ª), sendo que a capital mineira se classificou bem na maior parte dos indicadores apresentados, com destaque para Meio Ambiente, onde obteve a primeira colocação, além das segundas posições em Saúde e em Urbanismo.

Esses quatro principais municípios apresentaram características semelhantes às informações obtidas a partir do Indicador de Inovação (Inova), desenvolvido pela CMC, principalmente no que se refere aos Índices de Tecnologia e Informação, Educação e Empreendedorismo. Todos os quatro se viram com boas colocações nesses indicadores, tão como se classificaram no Inova. Além destas cidades, Viçosa, que ocupou a primeira colocação no Inova, aparece no Ranking ocupando a 10ª colocação nacional em Educação, e a 27ª em Empreendedorismo, e Ouro Preto, que ocupou a segunda colocação no indicador, aparece na 35ª posição em Educação. Um dos motivos para essa semelhança entre os indicadores está na utilização, por parte de ambos, de dados que caracterizam parte dos esforços realizados por instituições em inovação, pesquisa e tecnologia, como bolsas do CNPQ e número de patentes.

Em momentos de restrição de gastos, como é o caso de Minas Gerais, tais dados são essenciais para o direcionamento de investimentos. Investir em modais de transporte público e na qualidade da administração pública, poderiam, por exemplo, melhorar o desempenho dos municípios mineiros no Ranking. E, além de auxiliar os governos nesse quesito, em época de eleições essas informações são cruciais para a melhor tomada de decisão da população. Sendo assim, é importante ressaltar a necessidade de se manter atento a estas pesquisas.

Conjuntura e Mercados

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